terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Mogi das Cruzes recebe Expresso Turístico da CPTM

21/12/2012 - G1

Passeio é boa opção para as férias de janeiro. Viagens ocorrem no segundo domingo de cada mês.

A próxima viagem do Expresso Turístico da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) para Mogi das Cruzes será no dia 13 de janeiro. O passeio é uma boa opção para as férias e é feito em uma locomotiva com dois carros fabricados no Brasil na década de 50. Os bilhetes estão à venda na Estação da Luz, de onde o trem sai às 8h30 e retorna de Mogi às 16h30.

Ao todo são 174 assentos e mais uma vaga para cadeira de rodas por viagem. Os grupos de até quatro pessoas têm descontos. A primeira passagem tem valor integral, de 32 reais, e as outras três saem pela metade deste valor. A compra deve ser feita em dinheiro e o serviço está disponível diariamente, das 6h às 8h30. Crianças de até 5 anos não pagam desde que não ocupem assentos.

O expresso conta também com um vagão bicicletário, com capacidade para 45 unidades, com suportes de tubos metálicos no piso e cintas para fixação das bicicletas durante a viagem. Pelo transporte do equipamento é cobrada uma taxa de uso de R$ 3,20 por unidade e há descontos para até três acompanhantes, podendo ser adquirido nas bilheterias do Expresso Turístico nas Estações da Luz e de Santo André até a quinta-feira anterior à data da viagem. A CPTM solicita aos passageiros do Expresso Turístico que se apresentem na data da viagem com pelo menos 30 minutos de antecedência ao horário de embarque.

Mogi das Cruzes

Mogi das Cruzes fica a 48 km da capital paulista. Com cerca de 370 mil habitantes, é cortada pelas serras do Mar e do Itapeti. Integrante do cinturão verde de São Paulo é conhecida atualmente como centro produtor de flores, com destaque para as orquídeas, herança da colonização japonesa na cidade na primeira metade do século 20. Além do circuito das flores, Mogi oferece outras atrações turísticas, como as igrejas da Ordem Primeira e Terceira de Nossa Senhora do Carmo.

Quem pegar o Expresso Turístico rumo à cidade poderá fazer roteiros turísticos no município, mas que não estão inclusos na tarifa do passeio. Eles são pagos diretamente à agência de turismo que mantém um balcão ao lado da bilheteria do serviço, na Luz. O turista pode escolher cinco roteiros diferentes: rural e cultural (city tour pelo Centro de Mogi e visita a orquidários e produtores de flores), ecológico (parque da serra do Itapeti), rural (orquidários e produtores de fruta), rural e ecológico (trilhas e visita a produtores de mel) e circuito cultural (patrimônio histórico).

Além de Mogi das Cruzes, o expresso também possui roteiros para Jundiaí e a Vila de Paranapiacaba, em Santo André. As viagens ocorrem no segundo domingo de cada mês. Mais informações pelo telefone: 0800-055-0121.

Fonte: Do G1 Mogi das Cruzes e Suzano

domingo, 9 de dezembro de 2012

Fazenda que receberá fiéis durante visita do Papa é uma fábrica de locomotivas de Guaratiba

09/12/2012 - O Globo

Espaço tem ferrovia particular e mão de obra especializada em construir marias-fumaças

RIO - O ano é 1982 e a máquina está encostada num canto da Companhia Açucareira Usina Barcelos, em Campos. Com 22 toneladas, o veículo foi fabricado na Pensilvânia, nos Estados Unidos. Trata-se de um exemplar da Baldwin Locomotive Works, empresa de excelência na fabricação de trens a vapor no início do século XX. Ao ver a relíquia inutilizada, o empresário Márcio Manela decide negociar com o dono da usina. Para sua surpresa, a resposta positiva vem rápida: "Pesa essa máquina para o moço como se fosse apenas ferro". Com peças de cobre, a locomotiva é arrematada a preço de sucata.

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A locomotiva e o Papa
Trinta anos depois, a "número 3", menina dos olhos de Márcio, roda na ferrovia particular do empresário, em Guaratiba. Ele é um dos acionistas da Fazenda Mato Alto, a mesma que ficará abarrotada de fiéis durante a missa campal do Papa Bento XVI, em julho do ano que vem, quando acontecerá a Jornada Mundial da Juventude.
— Trouxemos a maria-fumaça para Guaratiba e aos poucos fomos montando os trilhos, comprando um pedacinho aqui, outro acolá. Depois de sair dos EUA, a locomotiva foi levada para a Usina Taí, em Campos, antes de ir para a Usina Barcelos. Eu sou apenas o terceiro dono. E último — gaba-se Márcio.
Além de abrigar a ferrovia particular de 3,8 quilômetros de extensão, a Fazenda Mato Alto é uma oficina de locomotivas. Os trabalhos são feitos pelo trio Isael Somer, Pedro Mariano da Silva e Alayson Rodrigues, funcionários que também ajudam a cuidar das 700 cabeças de gado — que de fato garantem o sustento da propriedade às margens da Avenida das Américas. No fim dos anos 90, eles reformaram uma locomotiva a pedido de um empresário de Paraíba do Sul. Quatro anos depois, outra máquina azeitada pelo trio foi levada para Viana, Espírito Santo.
— Elas ficam aqui até alguém resolver comprar — comenta Isael, nascido há 62 anos em Pádua, olhando para a "número 89", novinha em folha, estacionada. — Compramos as chapas lisas e fazemos todo o serviço aqui. Eu fui soldador naval, então aprendi muito do ofício. Só a caldeira, que exige uma mão de obra mais especializada, nós mandamos para uma empresa de Campo Grande fazer.
As marias-fumaças percorrem a fazenda à velocidade máxima de 30km/h. O cenário é tão inusitado que já serviu de pano de fundo de telenovelas como "Sinhá Moça", "Cabocla" e "Araguaia". Márcio Manela é evasivo ao falar sobre o valor de mercado das suas "filhas".
— É mais ou menos o preço de um carrão de luxo, mas tudo é negociável — diz, sem jeito. — Só queremos ter margem de lucro para comprar a próxima sucata e restaurar. É puro hobby. Uns gostam de cavalo... eu gosto de trem.
E o Papa, poderá dar uma voltinha de trem? Márcio trata de pôr panos frios em qualquer pretensão:
— Nesse dia, não vou poder liberar. A fazenda vai estar lotada. Elas vão ficar guardadas na casinha.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Viagem de trem turístico é adiada

24/11/2012 - Diário de Mogi das Cruzes

Nova data para vinda do Trem Turístico de Natal a Sabaúna, que ontem já contava com 136 passageiros confirmados, será definida segunda (26) / Foto Divulgação




Foi cancelado o passeio do Trem Turístico de Natal que seria realizado amanhã (25). O evento deverá acontecer em outra data, provavelmente no próximo dia 9 de dezembro. A confirmação, no entanto, só será feita na segunda-feira. Os motivos do cancelamento não foram divulgados.

Conforme destaca Fábio Barbosa, integrante da Associação Nacional de Preservação Ferroviária (ANPF), entidade que organiza o evento, os ingressos já comprados poderão ser utilizados na próxima viagem. "A Associação também vai devolver o dinheiro daqueles que não quiserem ficar com o ingresso", garante.

Até ontem, 136 passageiros tinham garantido o lugar na viagem, cujo valor – R$ 72,00 ida e volta – incluía também um almoço.

Até o final da noite de ontem, a única informação disponível era de que o cancelamento tinha sido causado por "problemas operacionais". Na medida do possível, a ANPF está entrando em contato com os passageiros. "É importante frisar que a data está sendo suspensa por problemas que ainda desconhecemos. Mesmo assim, vamos tentar negociar o passeio para o dia 9", afirma Fábio, que foi informado sobre o cancelamento pela Agência Nacional de Transportes Terrestres.

Com a remarcação, as passagens ainda podem ser adquiridas pelo telefone 4761-9335 ou na Estação de Ferroviária do Distrito, na Rua do Expedicionário, 88, no Centro.

O passeio integra a programação de aniversário de Sabaúna, que completa 385 anos. No trem acontece uma degustação de doces e bebidas preparados com cambuci. Os passageiros têm o auxílio de monitores durante a atividade e, chegando a Sabaúna, ainda poderão conferir a Praça de Arte e a exposição do Grupo Frontispício.

Por conta do horário do aviso, por volta das 19 horas de ontem, não foi possível encontrar representantes da Agência Nacional de Transportes Terrestres para mais detalhes. (Débora Barros e Danilo Sans)



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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Reunião discute Trem Turístico de Mangaratiba

22/11/2012 - Diário do Vale

O objetivo do encontro foi apresentar os avanços do projeto ao prefeito e ajustar alguns pontos fundamentais para a viabilidade do trem.


O projeto "Trem dos Mares da Costa Verde", da Prefeitura de Mangaratiba, passou por mais uma etapa para sua efetiva realização. Nesta quarta-feira, dia 21, uma reunião entre o prefeito Evandro Capixaba e os representantes dos setores envolvidos traçou planos, metas, cronogramas e necessidades para que o Trem dos Mares possa entrar nos trilhos em 2013. Participaram da reunião o subsecretário de Transportes do Estado, Antonio Pastori, a representante do setor de Relações Institucionais da MRS, Rosa Cassar, além dos secretários municipais de Assuntos Estratégicos Francisco Ramalho, de Obras, Edmilson... e do procurador Leonel Algebaile.

O objetivo do encontro foi apresentar os avanços do projeto ao prefeito e ajustar alguns pontos fundamentais para a viabilidade do trem. Antonio Pastori apresentou o plano operacional da empresa que será responsável pelo trem. Detalhes como pontos de manobras, desvios e paradas que deverão ser construídos ou adaptados também foram discutidos além da necessidade de construção de um local para abastecimento e manutenção do veículo. Pastori explica a importância do projeto. "Hoje no Estado do Rio só temos o Corcovado como trem turístico, que leva cerca 800 mil passageiros por ano. Este seria o segundo, daí a enorme importância que estamos dando ao Trem dos Mares", concluiu.

Para o prefeito, o sonho de ver novamente um trem turístico em Mangaratiba se torna cada dia mais real. "Quem não se lembra do antigo "macaquinho"? Os mais velhos com certeza contam suas histórias para seus filhos e netos. Queremos resgatar isso, a cultura e o patrimônio histórico que foi deixado de lado. Vamos desenvolver um plano integrado de turismo, ligando mar e montanha. Mais uma empresa vai se instalar em Mangaratiba, trazendo empregos e alavancando o turismo sustentável", disse o prefeito.

Já Rosa Cassar apresentou as exigências da MRS para que o trem possa operar com segurança. "Estamos fechados com a prefeitura, mas são necessários alguns ajustes para que tudo corra perfeitamente. Alguns requisitos básicos devem ser respeitados, como instalação de velocímetro, rádio com frequência sintonizada com a empresa, construção de desvios e outros detalhes técnicos. Vamos trabalhar em conjunto com a prefeitura e os representantes da empresa que irá explorar o trem para que isso seja feito o mais breve possível", disse.

O projeto

O Trem dos Mares oferecerá uma viagem temática de trem. O passeio percorrerá o trecho de 18 km entre Itacuruçá e a enseada de Santo Antônio. Os passageiros poderão ver e vivenciar importantes elementos históricos, como as monumentais ruínas do Sahy, além dos pontos turísticos, culturais e históricos presentes nos 180 anos de história de Mangaratiba.



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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Expresso de Natal virá a Sabaúna

13/11/2012 - Diário de Mogi das Cruzes

Expresso Turístico de Natal contará com refeições, shows e programação especial

Pelo quinto ano consecutivo, a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF) e a Associação Nacional de Preservação Ferroviária (ANPF) promovem um bucólico passeio pelos históricos trilhos da ferrovia paulista. É o Expresso Turístico de Natal, que sairá da Estação da Luz, na Capital Paulista, às 8 horas do próximo dia 25, com destino à Estação de Sabaúna, em Mogi das Cruzes.

Uma parada, às 10 horas, está programada na Estação Estudantes, para que o turista interessado em fazer esta viagem embarque no trem. O valor do passeio é R$ 72,00 ida e volta, com almoço incluso (sem bebidas). Há descontos para grupos a partir de 10 pessoas. Criança até os 6 anos, desde que viaje no colo de um adulto pagante, não paga. A passagem pode ser reservada pelo telefone 4761-9335. O passeio faz parte da programação de aniversário do Distrito, que completará 385 anos. (Maria Salas)

Fonte: Diário de Mogi das Cruzes


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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Mangaratiba fecha parceria para trem turístico

01/11/2012 - Revista Ferroviária

A prefeitura de Mangaratiba (RJ) deu no último dia 29 de outubro mais um passo para a continuidade do projeto Trem dos Mares Costa Verde. O secretário de Assuntos Estratégicos da cidade fluminense, Francisco Ramalho esteve em Santos Dumont (MG) para se reunir com representantes da associação Movimento Nacional Amigos do Trem. No encontro, foi fechada uma parceria entre a prefeitura de Mangaratiba e a associação e apresentado o veículo que fará o passeio.

"Esse encontro foi muito positivo, pois fechamos a parceria. Eles vão nos ceder a composição do modelo litorina, de cabine única com capacidade para 80 pessoas, que vai percorrer o trajeto de 18 quilômetros. Em contrapartida, iremos absorver a mão de obra especializada deles que conta com maquinista, mecânicos, equipe de manutenção e outros setores específicos", explicou o secretário Francisco Ramalho.

Para Antônio Pastori, assessor da Secretaria de Transportes do Rio de Janeiro, a implantação do projeto de Mangaratiba é muito importante para o turismo no estado. "Hoje, no Estado do Rio só temos o Corcovado como trem turístico, que leva cerca 800 mil passageiros por ano. Este seria o segundo, daí a enorme importância deste projeto".

No dia 21 de novembro haverá uma reunião para definir o início da operação, análise de dados de controle, exigências pendentes para o funcionamento, desvios, engate de linhas e discussão das licenças.

O Trem dos Mares Costa Verde percorrerá um trecho 18 quilômetros, entre a estação Itacuruçá e a praia de Santo Antônio. A Serra Verde Express será a responsável pela operação do trem turístico, prevista para fevereiro de 2013.


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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Trem Turístico de Mangaratiba mais próximo de virar realidade

30/10/2012 - Diário do Vale - Volta Redonda/RJ

Mangaratiba

O projeto Trem dos Mares da Costa Verde, da Prefeitura de Mangaratiba, continua na pauta da administração municipal. O secretário de Assuntos Estratégicos Francisco Ramalho esteve na cidade de Santos Dumont (MG) na última semana para uma reunião com representantes da associação Movimento Nacional Amigos do Trem. Oobjetivo do encontro foi fechar a parceria entre a prefeitura e o órgão econhecer o veículo que será responsável pelo passeio.

Francisco disseque o projeto está em ritmo acelerado. "Esse encontro foi muito positivo, pois fechamos a parceria. Eles vão nos ceder a composição do modelo litorina, decabine única e com capacidade para 80 pessoas, que vai percorrer o trajeto de18 quilômetros. Em contrapartida, nós iremos absorver a mão de obra especializada deles que conta com maquinista, mecânicos, equipe de manutenção eoutros setores específicos". Ramalho ressalta ainda que a ideia é desenvolver um plano integrado de turismo, ligando mar e montanha.

O secretário acrescentou que a Serra Verde Express - que já explora a linha Curitiba-Paranaguá, no Paraná - também vai se instalar na cidade, alavancando o turismo sustentável. Ela pretende trabalhar com hotéis e restaurantes da cidadepara venda de pacotes fechados com estadia e alimentação. A perspectiva é que a viagem inaugural seja em fevereiro de 2013, às vésperas do Carnaval, e a operação em definitivo no mês de junho, já com a anuência da Agência Nacionalde Transportes Terrestres (ANTT).

Próximo encontro

Uma nova reunião está marcada para o dia 21 de novembro, com representantes da operadora SerraVerde Express, técnicos e representantes da MRS, Vale, ANTT e governos estaduale municipal. A reunião traçará as datas da operação, análise de dados decontrole, exigências pendentes para o funcionamento, desvios, engate de linhas,toda a parte de engenharia e discussão das licenças.



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domingo, 7 de outubro de 2012

Obras do Trem Republicano em Itu e Salto são paralisadas

07/10/2012 - Jornal Periscópio

Intervenção política dos prefeitos eleitos de Itu e Salto será determinante para andamento da obra

Itu/ Salto – As cidades de Itu e Salto não devem percorrer tão cedo os trilhos do "Trem Republicano". Acaba de ser rompido o contrato da empresa Maruca, – responsável pela obra, devido atraso do repasse da verba do Ministério do Turismo. A verba foi liberada ao projeto exatamente no momento de rescisão da empresa que tocava a obra. As informações foram obtidas em entrevista com o presidente interino do consórcio intermunicipal do Trem Republicano, Wanderley Rigolin.

"Encaminhamos o pedido de verba, para a Caixa Econômica Federal no mês de dezembro de 2011, com aprovação no mês seguinte, em janeiro de 2012. Após averiguação da própria Caixa quanto à possibilidade de início da obra, o procedimento seguinte e natural deveria ser a liberação da verba por parte do Ministério do Turismo o que aconteceu apenas agora, em setembro", informou o presidente.

No dia 17 de setembro houve definitivamente a rescisão do contrato entre o consórcio e a empresa Maruca. "O rompimento desse contrato aconteceu antes da chegada efetiva da verba. Todos os gastos com a empresa foram quitado", explicou Rigolin.

Para que a obra seja retomada, o próximo passo é a realização de uma nova licitação, para a escolha da empresa que irá assumir o projeto. "Se essa licitação acontecer logo, poderemos ter a empresa vencedora já neste ano. Seria excelente que isso acontecesse, para que as obras comecem já no início de 2013", disse Rigolin, complementando. "Para que isso aconteça é necessário que aja vontade política dos prefeitos eleitos das cidades de Itu e Salto. Seria lastimável parar a obra, pois as duas cidades já gastaram muito dinheiro. Esse projeto é caro, complexo e uma grande parte já foi feita. Vamos aguardar", finalizou,

Projeto
Até o momento, o "Trem Republicano" já possui seus trilhos, a parte mais cara do projeto. A empresa Maruca foi responsável pela construção de 1 km e 600 metros do projeto, com início na cidade de Salto. "Trata-se de uma obra única, sem privilégios para qualquer uma das cidades. Salto foi a escolhida sem preferências", disse Rigolin.

O projeto "Trem Republicano" pretende reativar as linhas férreas que ligam as duas cidades, promovendo uma movimentação do turismo na região, compreendendo mais de sete quilômetros de extensão.


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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Locomotivas realizam 1ª viagem pelo trajeto do Trem Turístico

01/10/2012 - Guia São Roque

As locomotivas a vapor que conduzirão os passageiros pelo passeio do Trem Turístico de São Roque fizeram sua primeira viagem neste domingo, 30 de setembro.


A apresentação das marias fumaça foi realizada junto ao lançamento do Projeto do Trem Turístico e reinauguração da estação ferroviária central, ponto de partida e chegada do passeio em implantação.

Juntas, as locomotivas Angelina e Corina chegaram à estação após percorrer os 6 km que separam São Roque da área onde estão sendo promovidos os testes exigidos para o funcionamento.

O grande número de espectadores conferiu de perto a chegada das locomotivas, fato que causou grande comoção e alegria. Essa foi a primeira vez que a população teve contato direto com as máquinas em funcionamento.

Segundo o governo municipal a data oficial de lançamento do trem turístico será divulgada após o termino de todas as avaliações exigidas. A expectativa é que o trem faça sua viagem inaugural até o final desse ano.

O passeio

Se movendo a 20 km/h, as locomotivas a vapor levarão os passageiros a uma viagem rica em história, e que percorrerá as curvas e morros da região.

Durante o passeio monitores darão informações históricas sobre a cidade, contarão detalhes da estrada de ferro e das máquinas do passeio.

Com capacidade para 100 passageiros, o percurso férreo do Trem Turístico terá a duração média de 40 minutos.


As locomotivas voltaram aos trilhos para participar da apresentação oficial do projeto do Trem Turístico de São Roque

Fonte: Guia São Roque

domingo, 30 de setembro de 2012

Maria fumaça fará sua primeira apresentação hoje

30/09/2012 - Jornal da Economia

As locomotivas a vapor que irão conduzir os passageiros pelo trajeto do Trem Turístico de São Roque farão sua primeira apresentação em funcionamento neste final de semana.

De acordo com a Divisão municipal de Turismo, após serem submetidas aos testes exigidos pela CPTM, como os de velocidade e de segurança, as composições estarão prontas para dar inicio ao Projeto do Trem Turístico em São Roque.

O percurso férreo estimado entre a Terra do Vinho e a vizinha Mairinque é de 6 km e terá a duração média de 40 minutos. Neste domingo, a partir das 9h com saída da estação ferroviária central será a primeira vez que a população terá contato com as locomotivas que farão parte deste importante projeto para São Roque.

Inauguração

Aproveitando o lançamento oficial do Projeto do Trem Turístico em São Roque, o governo municipal fará a inauguração da estação ferroviária central, local onde será o ponto de partida das locomotivas com destino a cidade de Mairinque.

As obras da estação central contemplaram além da ampliação de toda a estação, um novo e moderno estacionamento, pintura e restauro de todo o prédio, que hoje é tido como uma das atrações turísticas da cidade, troca de piso interno e externo, reinstalação do playground e futuramente uma área para restaurante.

Ao todo a benfeitoria deixará a estação com 285 m² de área, com uma ampliação de 56m², com mais de R$650 mil de investimentos custeados integralmente com recursos dos cofres municipais.

O evento terá início às 9h, com o corte da fita que marcará a entrega oficial do prédio e a apresentação do projeto do trem turístico em São Roque.

Fonte: Jornal da Economia

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Projeto quer reativar trajeto de trem entre Lavras e Varginha, MG

20/08/2012 - G1 Sul de Minas

Passeio turístico fez muitos ex-funcionários reviverem emoções das viagens. Viagem levou passageiros de Lavras a Ribeirão Vermelho (MG).

Resgatar a história e a memória histórica da região. Este foi o objetivo do passeio de trem entre Lavras (MG) e Ribeirão Vermelho (MG) neste domingo (19).

Em uma viagem de pouco mais de meia hora, o evento marcou a homenagem feita aos antigos ferroviários. O ponto de partida foi uma antiga estação ferroviária, hoje transformada em Teatro Municipal.

Um coral de ex-ferroviários recepcionou os convidados ao passeio, que lotaram a estação como no tempo em que o trem era o principal meio de transporte.

A iniciativa, promovida pela Associação Circuito Ferroviário Vale Verde que busca preservar o patrimônio ferroviário da cidade funcionou também como reencontro para os antigos companheiros de trabalho, que aproveitaram o momento para colocar a conversa em dia.

Antônio Pereira Cantão comenta a iniciativa. “É bom demais, vamos reviver o que fizemos durante 32 anos. É muito emocionante e inexplicável estar aqui”, comenta.

O agente de trem, Isamel Claret de Abreu sente-se feliz em poder resgatar a experiência dos tempos passados. “Eu guardo carinhosamente a memória dos tempos em que trabalhei aqui.

Foi aqui que ganhei o pão de cada dia e isso vai ficar guardado para as futuras gerações. Com este passeio eu tive o privilégio de resgatar a memória apagada no Brasil”, diz.

A última vez que o trem fez o trajeto até Ribeirão Vermelho foi há 16 anos. Nesta reedição, quem conseguiu o convite foi privilegiado e os sentimentos dos presentes dividiam-se entre matar a saudade e sentir a sensação de viajar sobre o trilho pela primeira vez como Lucas Coelho

Salgado, de 7 anos, que deixa a imaginação viajar. E é esta mesma imaginação que abre a memória de Wanderlam Norberto. “Dá até vontade de chorar, porque era difícil imaginar isso, eu cheguei a pensar que nunca mais entraria em um trem”, pontua.

O responsável pelo passeio, César Móri, presidente da Associação, a viagem foi uma maneira de homenagear os que dedicaram anos de vida à estrada de ferro.

“Quisemos prestar esta homenagem, porque se não fossem eles, o trem não existiria aqui na região. O que notamos foi uma emoção muito grande nas viagens que conseguimos proporcionar”, frisa.

Foram feitas três viagens durante todo o domingo e além da homenagem, a intenção da organização foi também divulgar o projeto enviado ao Ministério dos Transportes e Secretaria de

Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), que pretende reativar o trajeto de trem entre as cidades de Lavras e Varginha (MG).

Este seria um percurso de mais de cem quilômetros, que proporcionaria um caminho turístico no Sul de Minas.

A linha tem mais de cem anos e liga o Sul de Minas a região central do Estado e também a São Paulo e Rio de Janeiro.

sábado, 18 de agosto de 2012

São João del-Rei: História da ferrovia local está sucateada

18/08/2012 - Gazeta de São João del-Rei 
 
Trens que não estão sendo utilizados para percorrer o trecho São João del-Rei/Tiradentes estão sucateados

Trens e vagões sucateados do Complexo Ferroviário de São João del-Rei vêm preocupando representantes do Conselho Municipal do Patrimônio. Isso porque, mesmo depois de uma vistoria realizada no local, no primeiro semestre de 2011, que resultou na detecção de irregularidades, até hoje as máquinas inativas do complexo estão danificadas.

Na ocasião, uma série de técnicos do Ministério Público Federal, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e da Ferrovia Centro Atlântica (FCA) constataram falhas na conservação de alguns dos bens móveis integrados do local. Diante do fato, o Ministério Público Federal solicitou um calendário de obras para solucionar os problemas.

Integrantes do Conselho Municipal de Patrimônio participaram da vistoria. Segundo um deles, Bruno Campos, foi detectado o sucateamento do material rodante inativo. Ele afirmou que, embora algumas adequações físicas já tenham sido feitas na estrutura do Complexo, os trens parados precisam ser restaurados. Além disso, Campos apontou uma possibilidade em relação ao problema com o início das obras. “Suspeito que as adequações ainda não foram realizadas por falta de mão de obra”, disse,  destacando ainda sobre a gravidade dos problemas de alguns trens. “Existe uma locomotiva que está praticamente perdida. Pode-se fazer a réplica desse trem, mas  acredito que não há mais condições de restaurá-lo”, disse.

De acordo com a assessoria de imprensa do Iphan, o instituto tem cobrado ações da ferrovia e já permitiu que mesma a execute os devidos reparos. “A FCA tem apresentado recorrentes pedidos de autorização para efetuar a manutenção tanto nas locomotivas em funcionamento quanto em parte das edificações. Também está sendo elaborado um Projeto de Revitalização de todo o Complexo Ferroviário pela FCA”,  afirmou a assessoria do instituto em comunicado, lembrando que o órgão tem conhecimento dos fatos e tem tomado providências legais em relação à apuração e ao atendimento da preservação da memória ferroviária nacional.

Ministério Público
Está em andamento, junto ao Ministério Público Federal, um inquérito civil que, segundo o procurador Antônio Arthur Barros Mendes, tem o objetivo de verificar a situação do complexo e a possibilidade da prática de um crime de dano contra o bem tombado. O procurador afirmou ainda que a vistoria realizada no ano passado acarretou na produção de um documento judicial falando sobre as irregularidades, como deteriorização e erros de condicionamento. “A partir daí, a FCA apresentou uma série de programas de revitalização. Diante disso, o Ministério Público solicitou essas adequações, mas não tem resposta das datas das atividades”, explicou.

Segundo Mendes, foram encaminhados dois ofícios para a FCA. “Embora ambos tenham sido respondidos pela empresa, não houve manifestação específica em relação à celebração de um termo de conduta”, afirmou o procurador.  E frisou: “Estão sendo colhidos elementos de prova para que, caso a falta de posicionamento da empresa se mantenha, sejam tomadas as devidas providências jurídicas no momento adequado”.

FCA
Em relação ao cronograma das obras do material rodante inativo, a Ferrovia Centro Atlântica não se manifestou. A assessoria de imprensa da empresa informou apenas que desde 2004 realiza intervenções estruturais e organizacionais, seguindo recomendação do órgão federal de proteção do patrimônio histórico.

“De outubro de 2011 até o momento, a FCA realizou 67% das ações originalmente mapeadas, compreendendo um total de 29 obras, tais como reestruturação dos telhados, troca de portas, janelas, pintura das edificações e locomotivas. Mais de R$2 milhões foram gastos nesse processo”, afirmou a assessoria em comunicado.

As informações repassadas pelo setor salientaram ainda que outras ações desta natureza foram encaminhadas para análise e aprovação do Iphan, devendo ser executadas até o final deste ano. Ainda de acordo com o documento, todos os procedimentos são acompanhados pelo instituto e informados ao Ministério Público.

A empresa afirmou também que realiza uma série de iniciativas de caráter histórico, social e cultural, como manutenção e conversação das locomotivas e campanhas com preços promocionais para o passeio de trem.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Prefeitura inicia transferência do Trem Turístico para área de testes

09/08/2012 - Jornal da Economia

A transferência total dos carros deve acontecer em 15 dias, devido ao tamanho e peso dos vagões.

Viagem inicial deve acontecer ainda esse ano, e os passageiros terão a oportunidade de conhecer um pouco mais da história da ferrovia na região.

A Prefeitura deu início, na quarta-feira, 6, a remoção dos carros de passageiros e das duas locomotivas a vapor (Maria Fumaça), para dar início a implantação do Trem Turístico, que vai ligar a Terra do Vinho à cidade de Mairinque.

A transferência total dos carros deve acontecer em 15 dias, devido ao tamanho e peso dos vagões. O percurso de 7 km, até a estação de Mairinque, é feito por uma empresa que ganhou licitação e está sendo acompanhado pela CCR Via Oeste, concessionária responsável pelo trecho.

Chegando à cidade vizinha, onde existe uma oficina para os trens, as locomotivas e os vagões serão submetidos aos testes exigidos pela CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, e então poderá começar a operar. A expectativa é que o trem faça sua viagem inaugural até o final desse ano.

Segundo a Divisão de Turismo, o percurso feito pela Maria Fumaça terá 16 km e o trem devem concluir o trajeto em 40 minutos.

sábado, 4 de agosto de 2012

Para retomar os trilhos em Porto Velho, será preciso desapropriar

23/07/2012  - Valor Econômico

No Estado de Rondônia, no percurso entre Guajará-Mirim e a capital Porto Velho, a ferrovia Madeira-Mamoré emprestou à BR 364 pontes que hoje resistem ao trânsito de carros e caminhões. Próximo ao rio Jaci-Paraná, avistam-se estoques de madeira extraída da floresta para o enchimento das represas que vão gerar energia. De lado a lado, as pastagens indicam o modelo de desenvolvimento da região. 

Mais adiante na estrada, junto à ponte sobre o rio Araras, antigas instalações de garimpos abandonadas são resquícios da exploração de ouro que marcou a região até a década de 1990, ao custo do assoreamento e da poluição - um problema que está ameaçando voltar. 

Dragas de garimpeiros já frequentam os rios para aproveitar o ouro que restou, contido nos sedimentos que agora estão sendo revolvidos após alterações no fluxo das águas, causadas pelas barragens das hidrelétricas. 

Com a chegada de trabalhadores para as novas usinas e o aumento do capital circulante, Porto Velho vive o "boom" do mercado imobiliário e de obras públicas - algumas paralisadas por irregularidades nas licitações. Uma ponte de R$ 209 milhões, uma obra que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), está sendo construída para levar o crescimento econômico à outra margem do rio Madeira e fazer a ligação com a BR 319, que cruza a Amazônia até Manaus. 

Restaurantes e hotéis de bom nível indicam uma mudança de perfil na capital. Lá funcionava a estação principal da Madeira-Mamoré. Os antigos galpões, oficinas e locomotivas começaram a ser restaurados com recursos de R$ 38 milhões, relativos à compensação pelos impactos da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio. O investimento inclui a revitalização de 7 km de trilhos para viagens turísticas. 

"Só iniciaremos a obra depois que a prefeitura realocar a população de baixa renda que mora em situação de risco ao lado da ferrovia", afirma José Carlos de Sá, coordenador de relações institucionais da empresa Santo Antônio Energia. 

Apenas uma parte dos moradores foi transferida para conjuntos habitacionais e a situação de quem lá permanece é de extrema pobreza. "Não sabemos o que farão com a gente para o trem passar", diz Gracineia Barbosa, moradora que tem a porta da casa colada ao trilho, na Vila Candelária. No bairro vive Conroy Theophilus Chochness, 78 anos, filho de um carpinteiro que imigrou de Granada, no Caribe, para trabalhar na construção da Madeira-Mamoré. 

"Ela jamais poderia ter sido desativada pelo governo brasileiro, pois foi construída para a Bolívia em troca do Acre", lamenta Conroy, ex-motorista da litorina - o vagão a diesel que transportava passageiros na ferrovia. 

Teme-se pela falta de condições financeiras da Prefeitura para manter a estrutura dos trilhos e estações funcionando, assim como aconteceu com a ciclovia, que foi construída com recursos da empresa de energia e agora está tomada pelo mato. 

"O plano é criar um fundo municipal, somando 1% da arrecadação, turbinada pela nova receita a ser gerada quando as hidrelétricas entrarem em operação", informa Aguinaldo Nepomuceno, secretário de Turismo. 

Hoje o orçamento do município para o setor é de apenas 0,001% da arrecadação. No percurso dos trilhos abandonados da ferrovia Madeira-Mamoré, um cemitério de locomotivas em ruínas, cobertas pela floresta, atrai visitantes. 

Nas proximidades da ferrovia, está prevista a construção de um complexo turístico com vista para a barragem da usina de Santo Antônio. Atualmente, o local está sendo alvo de escavações arqueológicas que buscam resgatar o povoamento que surgiu na região a partir do ouro quer era transportado nos tempos da ferrovia Madeira-Mamoré. 

terça-feira, 31 de julho de 2012

Estrada de Ferro Madeira-Mamoré pode renascer após 40 anos

23/07/2012 - Valor Econômico

Ao completar 100 anos, a lendária Estrada de Ferro Madeira-Mamoré ressurge das cinzas como centro de uma polêmica que envolve o futuro do desenvolvimento econômico e da biodiversidade na isolada fronteira de Rondônia com a Bolívia. A questão concentra-se no município de Guajará-Mirim, a 331 km de Porto Velho (RO), onde os antigos trilhos foram engolidos pela mata desde a sua completa desativação há 40 anos, e 93% do território está dentro de parques, terras indígenas e outras áreas protegidas que restringem atividades produtivas, como o agronegócio que movimenta a economia no restante do Estado. 

No cenário de estagnação, o projeto de reativar um trecho da chamada “Ferrovia do Diabo” para fins turísticos é defendido por lideranças empresariais, políticas, sindicais e da sociedade civil, na esperança de se recuperar pelo menos em parte o prestígio do passado, quando o lugar funcionava como entreposto da borracha e madeira transportadas pelos rios amazônicos para exportação via oceano Atlântico. 

“Somos conhecidos como “município verde”, mas em que medida isso de fato nos tem beneficiado?”, pergunta o prefeito Atalibio Pegorini (PR-RO). Sem incentivos no lado do Brasil, produtos florestais são hoje mandados para beneficiamento na Bolívia e de lá seguem para exportação – caminho inverso do que se imaginava no começo do século XX a partir da antiga ferrovia. O turismo e sua cadeia de serviços teria o potencial de mudar a atual realidade no longo prazo. “Reativar os trens é mais do que uma questão econômica, mas de resgate cultural, identidade e autoestima”, completa o prefeito. 

“No aspecto ambiental, o projeto contribui para gerar renda e para a maior valorização da floresta e outros atrativos naturais, com menor risco de degradação por atividades de impacto danoso, como a criação de gado fora dos padrões sustentáveis”, argumenta o empresário Dayan Saldanha, integrante do movimento local que pretende dar um novo rumo a esse pedaço da Amazônia que escapou da destruição. 

A celebração do centenário da primeira viagem oficial de passageiros na antiga linha férrea, dia 1º de agosto, acende o debate. Além de um abaixo assinado que circula na cidade para envio à Presidência da República, a Assembleia Legislativa de Rondônia iniciou uma campanha para a estrada de ferro ganhar da Unesco o título de Patrimônio da Humanidade, o que resultaria em maior visibilidade e, possivelmente, mais investimentos. 

No curto prazo, o objetivo é incluir a revitalização de 27 km de trilhos em Guajará- Mirim, ao custo de R$ 30 milhões, na lista das compensações obrigatórias pelos impactos da Usina Hidrelétrica de Jirau. Estudo de viabilidade encomendado à Associação Brasileira de Preservação Ferroviária mostrou que o negócio pode ser viável se a recuperação dos trilhos ocorrer em diferentes etapas. A Energia Sustentável do Brasil, concessionária responsável pela usina, alega que o projeto não se justifica economicamente e que o município não dispõe de recursos para efetuar as desapropriações para a retirada dos moradores que invadiram a faixa de domínio da ferrovia. 

O licenciamento da hidrelétrica previa inicialmente a reativação de outro trecho da ferrovia, no município de Nova Mutum. Mas a obra também foi considerada inviável e engavetada – apenas um museu será construído na região. 

“Em substituição ao item não executado, recomendamos a reforma dos trilhos em Guajará Mirim”, afirma Beto Bertagna, superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em Rondônia. O assunto está agora no Ministério Público Federal. “É preciso achar uma solução econômica”, defende Basílio Leandro, secretário estadual de Turismo, informando que o governo tomou empréstimo de R$ 28 milhões junto ao BNDES, grande parte a ser repassada para Guajará-Mirim. A antiga estação de trem da cidade foi recentemente reformada com recursos estaduais e da Caixa Econômica Federal, mas falta a recuperação das duas locomotivas históricas. 

Em contraste com a riqueza do passado, a pobreza atinge vilarejos ao longo dos trilhos abandonados. No Distrito do Iata, chama atenção a estrutura faraônica de um hotel-escola inacabado por irregularidades nas verbas da Universidade Federal de Rondônia. A localidade, ex-celeiro agrícola que tinha a produção escoada pela Madeira-Mamoré, é hoje reduto de “órfãos da borracha”. 

O lavrador Hamilton Lázaro limpa com a foice o mato que cobre a ferrovia, para conseguir passar de bicicleta. Ele migrou de São Paulo para aventurar-se nos garimpos e encontrou próximo àqueles trilhos um refúgio. “A retomada das locomotivas só ocorrerá se realizada pela hidrelétrica, não pelo governo”, ressalta Lázaro, sem acreditar nas promessas de ano eleitoral. 

No rio Mamoré, é intenso o fluxo de barcos para a cidade gêmea de Guayaramerin, no lado boliviano, zona de livre comércio. A construção de uma ponte de R$ 300 milhões para a ligação com o oceano Pacífico foi adiada pelo governo brasileiro. À beira daquele rio repleto de corredeiras, o povoado boliviano de Cachuela Esperanza guarda os resquícios do império econômico erguido no começo do século XX pelo empresário Nicola Suarez, herói nacional conhecido como “rey de la goma”. Além de casarios em ruínas ocupados hoje por famílias sem-teto, o lugar preserva antigos galpões que estocavam a borracha antes de atravessar o rio para embarcar na Madeira-Mamoré rumo ao exterior. 

A imponência do teatro General Pando, frequentado à época por artistas internacionais, reflete o poderio do lugar. “A esperança agora é a construção de uma nova hidrelétrica já acordada entre Brasil e Bolívia”, afirma Eufronio Gonzales, 97 anos, ex-piloto de barco do visionário Suarez. 

A região na fronteira entre os dois países caiu no esquecimento, mas conservou estoques naturais. “O isolamento gera oportunidades, como o ecoturismo, que poderá expandir-se com a ferrovia reativada”, destaca o escritor e empresário Paulo Saldanha, proprietário de um hotel de selva próximo a Guajará-Mirim com vista para o encontro da água negra do rio Pacáas Novos com a marrom do Mamoré. Sem a valorização da floresta conservada em pé, proliferam-se ameaças como as que rondam a Reserva Extrativista do rio Ouro Preto. 

A área foi criada na década de 1990 para abrigar as famílias descendentes dos chamados “soldados da borracha”, na maioria migrantes nordestinos que fugiram da seca para trabalhar nos seringais. “Hoje o lugar é disputado por criadores de gado e búfalo, com risco de impactos ambientais”, alerta Samuel Nienow, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio).

    

Costa Verde pode ganhar trem turístico até fim do ano

29/07/2012 - O Globo

Mangaratiba, na Costa Verde, deve ganhar até o fim do ano um trem turístico ligando os distritos de Itacuruçá e Santo Antônio. Empresa que explora a linha Curitiba-Paranaguá, no Paraná, a Serra Verde Express já demonstrou a viabilidade de começar a operar o sistema num prazo de 150 dias. Uma composição do modelo litorina, de cabine única com capacidade para 80 pessoas, percorreria o trajeto de 18 quilômetros, em linha férrea já existente, em cerca de uma hora, apenas nos fins de semana e feriados. As tarifas devem variar de R$ 50 a R$ 200. A concessionária de transporte ferroviário MRS Logística emprestaria o seu ramal ao projeto. Hoje, a MRS opera trens de carga no trecho. Por força do contrato de concessão, a companhia não pode operar o transporte de passageiros. Mas por e-mail, a concessionária informou ao GLOBO que está, "juntamente com o estado e o município, buscando formas de viabilizar o projeto na região". 

A perspectiva é que a viagem inaugural ocorra em outubro, já com a anuência da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Assessor da Secretaria estadual de Transportes e especialista em ferrovias, Antônio Pastori explica que o projeto está bem encaminhado: 

- Hoje, no Estado do Rio só temos o Corcovado como trem turístico, que leva cerca 800 mil passageiros por ano. Este seria o segundo, daí a enorme importância deste projeto. 

Secretário de Assuntos Estratégicos de Mangaratiba, Francisco Ramalho, ressalta que a ideia é desenvolver um plano integrado de turismo, ligando mar e montanha: 

- Este plano está na mesa há 23 anos. Mais uma empresa vai se instalar em Mangaratiba, trazendo empregos e alavancando o turismo sustentável. 

    

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Estrada de Ferro Madeira-Mamoré renasce após 40 anos

23/07/2012 - Valor Econômico

Ao completar 100 anos, a lendária Estrada de Ferro Madeira-Mamoré ressurge das cinzas como centro de uma polêmica que envolve o futuro do desenvolvimento econômico e da biodiversidade na isolada fronteira de Rondônia com a Bolívia. A questão concentra-se no município de Guajará-Mirim, a 331 km de Porto Velho (RO), onde os antigos trilhos foram engolidos pela mata desde a sua completa desativação há 40 anos, e 93% do território está dentro de parques, terras indígenas e outras áreas protegidas que restringem atividades produtivas, como o agronegócio que movimenta a economia no restante do Estado.

No cenário de estagnação, o projeto de reativar um trecho da chamada "Ferrovia do Diabo" para fins turísticos é defendido por lideranças empresariais, políticas, sindicais e da sociedade civil, na esperança de se recuperar pelo menos em parte o prestígio do passado, quando o lugar funcionava como entreposto da borracha e madeira transportadas pelos rios amazônicos para exportação via oceano Atlântico.

"Somos conhecidos como 'município verde', mas em que medida isso de fato nos tem beneficiado?", pergunta o prefeito Atalibio Pegorini (PR-RO). Sem incentivos no lado do Brasil, produtos florestais são hoje mandados para beneficiamento na Bolívia e de lá seguem para exportação - caminho inverso do que se imaginava no começo do século XX a partir da antiga ferrovia. O turismo e sua cadeia de serviços teria o potencial de mudar a atual realidade no longo prazo. "Reativar os trens é mais do que uma questão econômica, mas de resgate cultural, identidade e autoestima", completa o prefeito.

"No aspecto ambiental, o projeto contribui para gerar renda e para a maior valorização da floresta e outros atrativos naturais, com menor risco de degradação por atividades de impacto danoso, como a criação de gado fora dos padrões sustentáveis", argumenta o empresário Dayan Saldanha, integrante do movimento local que pretende dar um novo rumo a esse pedaço da Amazônia que escapou da destruição.

A celebração do centenário da primeira viagem oficial de passageiros na antiga linha férrea, dia 1º de agosto, acende o debate. Além de um abaixo assinado que circula na cidade para envio à Presidência da República, a Assembleia Legislativa de Rondônia iniciou uma campanha para a estrada de ferro ganhar da Unesco o título de Patrimônio da Humanidade, o que resultaria em maior visibilidade e, possivelmente, mais investimentos.

No curto prazo, o objetivo é incluir a revitalização de 27 km de trilhos em Guajará- Mirim, ao custo de R$ 30 milhões, na lista das compensações obrigatórias pelos impactos da Usina Hidrelétrica de Jirau. Estudo de viabilidade encomendado à Associação Brasileira de Preservação Ferroviária mostrou que o negócio pode ser viável se a recuperação dos trilhos ocorrer em diferentes etapas. A Energia Sustentável do Brasil, concessionária responsável pela usina, alega que o projeto não se justifica economicamente e que o município não dispõe de recursos para efetuar as desapropriações para a retirada dos moradores que invadiram a faixa de domínio da ferrovia.

O licenciamento da hidrelétrica previa inicialmente a reativação de outro trecho da ferrovia, no município de Nova Mutum. Mas a obra também foi considerada inviável e engavetada - apenas um museu será construído na região.

"Em substituição ao item não executado, recomendamos a reforma dos trilhos em Guajará Mirim", afirma Beto Bertagna, superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em Rondônia. O assunto está agora no Ministério Público Federal. "É preciso achar uma solução econômica", defende Basílio Leandro, secretário estadual de Turismo, informando que o governo tomou empréstimo de R$ 28 milhões junto ao BNDES, grande parte a ser repassada para Guajará-Mirim. A antiga estação de trem da cidade foi recentemente reformada com recursos estaduais e da Caixa Econômica Federal, mas falta a recuperação das duas locomotivas históricas.

Em contraste com a riqueza do passado, a pobreza atinge vilarejos ao longo dos trilhos abandonados. No Distrito do Iata, chama atenção a estrutura faraônica de um hotel-escola inacabado por irregularidades nas verbas da Universidade Federal de Rondônia. A localidade, ex-celeiro agrícola que tinha a produção escoada pela Madeira-Mamoré, é hoje reduto de "órfãos da borracha".

O lavrador Hamilton Lázaro limpa com a foice o mato que cobre a ferrovia, para conseguir passar de bicicleta. Ele migrou de São Paulo para aventurar-se nos garimpos e encontrou próximo àqueles trilhos um refúgio. "A retomada das locomotivas só ocorrerá se realizada pela hidrelétrica, não pelo governo", ressalta Lázaro, sem acreditar nas promessas de ano eleitoral.

No rio Mamoré, é intenso o fluxo de barcos para a cidade gêmea de Guayaramerin, no lado boliviano, zona de livre comércio. A construção de uma ponte de R$ 300 milhões para a ligação com o oceano Pacífico foi adiada pelo governo brasileiro. À beira daquele rio repleto de corredeiras, o povoado boliviano de Cachuela Esperanza guarda os resquícios do império econômico erguido no começo do século XX pelo empresário Nicola Suarez, herói nacional conhecido como "rey de la goma". Além de casarios em ruínas ocupados hoje por famílias sem-teto, o lugar preserva antigos galpões que estocavam a borracha antes de atravessar o rio para embarcar na Madeira-Mamoré rumo ao exterior.

A imponência do teatro General Pando, frequentado à época por artistas internacionais, reflete o poderio do lugar. "A esperança agora é a construção de uma nova hidrelétrica já acordada entre Brasil e Bolívia", afirma Eufronio Gonzales, 97 anos, ex-piloto de barco do visionário Suarez.

A região na fronteira entre os dois países caiu no esquecimento, mas conservou estoques naturais. "O isolamento gera oportunidades, como o ecoturismo, que poderá expandir-se com a ferrovia reativada", destaca o escritor e empresário Paulo Saldanha, proprietário de um hotel de selva próximo a Guajará-Mirim com vista para o encontro da água negra do rio Pacáas Novos com a marrom do Mamoré. Sem a valorização da floresta conservada em pé, proliferam-se ameaças como as que rondam a Reserva Extrativista do rio Ouro Preto.

A área foi criada na década de 1990 para abrigar as famílias descendentes dos chamados "soldados da borracha", na maioria migrantes nordestinos que fugiram da seca para trabalhar nos seringais. "Hoje o lugar é disputado por criadores de gado e búfalo, com risco de impactos ambientais", alerta Samuel Nienow, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio).

Leia também:

Recuperação da Madeira-Mamoré exigirá desapropriações

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Passeio para julho: trem de São João Del Rei

13/07/2012 - Band

Maria-Fumaça percorre trajeto de 12 quilômetros recheados de belezas. Maria-Fumaça fará 46 viagens extras em julho

Por Pedro Vilela/Futura Press

Os turistas que querem visitar São João Del Rei e Tiradentes nas férias de julho tem novas possibilidades de horários para viajar pelos trilhos do trem histórico, que liga as duas cidades históricas mineiras.

A Maria-Fumaça, que circula normalmente de sexta a domingo, também terá horários às terças, quartas e quintas-feiras. Ao todo são 46 viagens extras para esta época do ano.

Durante o passeio, o trem percorre um trajeto de 12 quilômetros e passa por uma diversidade de paisagens naturais, que ficam ainda mais bonitas com construções que preservam a arquitetura tradicional do século 19.

Na estação de São João Del Rei, o turista ainda pode visitar o Museu Ferroviário, que traz documentos e equipamentos, além de locomotivas de vários períodos da história.

Fonte: Da Redação com BandNews 
 

Ouro Preto nos trilhos

10/07/2012 - Jornal Estado Atual

Trem da Vale terá viagens extras e atrações culturais nas férias de julho

O Trem da Vale, que faz o passeio turístico entre Mariana e Ouro Preto, vai ter 20 viagens extras durante o mês de julho. Algumas viagens também vão contar com apresentações musicais dentro do trem. As atividades especiais acontecem na segunda quinzena, quando o volume de visitantes nas cidades históricas aumenta em razão das férias escolares. Além das quatro viagens regulares que acontecem nas sextas-feiras, sábados e domingos, o trem vai circular também nas quartas e quintas-feiras da segunda quinzena (dias 18, 19, 25 e 26). Além disso, o trem circulará na segunda-feira, dia 16, em comemoração ao aniversário de 316 anos de Mariana.

Os viajantes poderão apreciar boa música ao vivo nas viagens que acontecem entre os dias 20 e 22 e entre 27 e 29. No repertório jazz, MPB e choro.

O trem tem capacidade para quase 300 lugares. As passagens convencionais custam R$30 para ida e R$ 50 para trajetos de ida e volta. No vagão panorâmico, as viagens de ida custam R$ 50 e ida e volta R$ 80. Estudantes e maiores de 60 que apresentarem documentos pagam meia. Crianças até 5 anos não pagam.

domingo, 8 de julho de 2012

Campanha quer ferrovia Madeira-Mamoré patrimônio da humanidade

06/07/2012 - Rondônia Notícia

Maior patrimônio histórico de Rondônia, a EFMM teve importante intervenção histórica dando origem à cidade de Porto Velho e, durante sua construção, reuniu trabalhadores de aproximadamente 50 nacionalidades.


Ganha corpo em Rondônia a campanha para a pró-candidatura da histórica e centenária ferrovia Madeira-Mamoré, em Porto Velho, como patrimônio da humanidade junto à Unesco [Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura].

Para se concretizar esse objetivo, foram distribuídas em Rondônia, pelo comitê de pró-candidatura da EFMM, fichas de coleta de abaixo-assinados. Quanto mais pessoas assinarem, mais chances o projeto tem de se concretizar.

A indicação pode também ser feita via internet, através do site WWW.efmm100anos.wordpress.com e também pelo http://efmm100anos.files.wordpress.com/2012/06/abaixo-assinado-estrada-de-ferro-madeira-mamorc3a918.pdf  .

Tal campanha ocorre em função dos 100 anos que a histórica ferrovia no interior da Amazônia atinge este ano. Maior patrimônio histórico de Rondônia, a EFMM teve importante intervenção histórica dando origem à cidade de Porto Velho e, durante sua construção, reuniu trabalhadores de aproximadamente 50 nacionalidades.

Segundo o procurador federal junto ao Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional] Ricardo Leite, todas as assinaturas serão encaminhadas à presidência da República e à representação da Unesco no Brasil, para que se atinja o objetivo da campanha.

sábado, 7 de julho de 2012

Técnicos analisam percurso do Trem dos Mares

04/07/2012 - Diário do Vale

O trajeto permite inclusive a visualização da Ilha Grande e a restinga da Marambaia.

Mangaratiba está recebendo nos últimos dias profissionais de engenharia mecânica, produção, comunicação e operadores de viagem da Empresa Serra Verde, para realizarem um levantamento junto aos representantes dos governos do Estado e Municipal, das empresas Helucan e MRS. Eles avaliam as reais possibilidades da implantação do "Trem dos Mares da Costa Verde".

Desde o final de semana, analisam todo o percurso o secretário de Assuntos Estratégicos, Francisco Ramalho, responsável pela elaboração, implantação e implementação do projeto; o empresário Adonai Arruda Filho, proprietário da empresa Serra Verde; Antônio Pastori, da Associação Fluminense de Trens Turísticos e também responsável por Transportes Ferroviários da secretaria Estadual de Transporte; Hélio Rodrigues, responsável pelo Estudo e Logística, também da secretaria Estadual de Transporte; Miriam Bondim, responsável pela parte Cultural e Patrimonial da Fundação Mário Peixoto e Luciano Mendes Santos, da empresa Helucan - especializada em trilhos e ferrovias, e contratada pelo município para acompanhar a implementação do projeto.

Segundo Francisco Ramalho o relatório será entregue a prefeitura ainda nesta semana.

- Esta etapa técnica e logística é primordial. Sabemos que temos um projeto muito importante, que irá valorizar o progresso sustentável do Turismo e Cultura do município - afirmou o secretário.

O projeto "Trem dos Mares da Costa Verde" oferecerá uma viagem temática de trem, que sairá da Estação de Itacuruçá com destino à Praia do Sahy. Os passageiros poderão ver e vivenciar importantes elementos históricos, como as monumentais ruínas do Sahy - que guardam em suas construções a lendária trajetória do tráfico negreiro - além dos pontos turísticos, culturais e históricos presentes nos 180 anos de história de Mangaratiba.
 

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Recuperação da EF Perus-Pirapora será concluída em 2013

19/06/2012 - O Estado de São Paulo

São Paulo deveria ter, desde 2003, um museu a céu aberto de cerca de 15 km de extensão, com estações temáticas tratando de história, cultura e meio ambiente que seriam percorridas dentro de locomotivas e vagões de mais de 100 anos. Essa seria a Estrada de Ferro Perus-Pirapora, tombada na década de 1980 e cuja recuperação começou em 2001. Sem ajuda do poder público, voluntários estão reformando a linha. Metade dela deverá estar operando no ano que vem.

1. Qual é a história da estrada de ferro?

Projetada no começo do século 20 para transportar calcário de Cajamar até Perus, onde funcionava a primeira fábrica de cimento do Brasil, a Estrada de Ferro Perus-Pirapora estava abandonada desde 1983, quando foi desativada. Ela foi a última ferrovia de trens leves a ser desativada no País - por isso, acumulou locomotivas e vagões históricos das outras linhas férreas que deixavam de funcionar.

2. Por que a ferrovia foi desativada?

Por causa do fechamento da usina de cimento Portland. Em 1987, a ferrovia foi tombada pelo governo estadual, mas permaneceu abandonada.

3.De quem é a ferrovia?

É de propriedade particular. Na época do tombamento, ficou combinado que apenas 15 km dos 21 km originais seriam tombados. A parte que ficou sem proteção, majoritariamente em área urbana, podia ser explorada comercialmente pelo dono. O resto foi cedido em comodato para o Instituto de Ferrovias e Preservação do Patrimônio Cultural (IFPPC) em 2001.

4. O que será feito dela?

Naquele ano, começou o trabalho de restauração dos trilhos e das locomotivas. A intenção era que, ainda em 2003, os 15 km estivessem operando parcialmente. Seis estações temáticas - cada uma voltada a assuntos como meio ambiente, cultura e história regional, por exemplo - mostrariam aos passageiros aspectos da Mata Atlântica e do Cerrado da região e como ocorreu o povoamento da primeira região com mineração de ouro no Brasil, ainda no século 16. Os passeios seriam feitos em locomotivas do fim do século 19 e do início do 20.

5. Como está o projeto hoje?

Segundo o presidente do IPCC, Júlio Moraes, uma mudança na gestão do instituto está fazendo com que as obras caminhem mais rapidamente - o aumento nos patrocínios de empresa também ajuda. A ideia é que, até o ano que vem, metade já esteja funcionando. Um pequeno trecho de 3 km está aberto à visitação todo domingo, ainda em caráter de teste. Mais informações podem ser obtidas pelo (11) 2885-2837.

sábado, 2 de junho de 2012

Reunião apresenta detalhes do projeto Trem dos Mares

29/05/2012

O objetivo do encontro foi apresentar detalhes do projeto aos representantes da MRS, para que seja analisado e posto em prática o mais breve.

Por Costa Verde

O projeto "Trem dos Mares da Costa Verde" está prestes a ser iniciado. Foram acertados novos detalhes para colocar em prática o programa que oferecerá na viagem temática de trem, que sairá da Estação de Itacuruçá com destino à Praia do Sahy. Os passageiros poderão ver e vivenciar elementos históricos, como as ruínas do Sahy - que guardam em suas construções a lendária trajetória do tráfico negreiro -, além dos pontos turísticos, culturais e históricos presentes nos 180 anos de história de Mangaratiba.

O trajeto ainda brinda os participantes com obras de arte à beira-mar, permitindo inclusive a visualização da Ilha Grande e a Ilha da Marambaia, emolduradas pelas muralhas da Serra do Mar.

Na semana passada, um encontro entre os setores envolvidos no projeto cumpriu mais uma etapa do cronograma previsto. Compareceram o secretário de Turismo de Mangaratiba, Francisco Ramalho; o subsecretário de Transportes do Estado, Delmo Pinho; Sérgio Carrato e Gustavo Gambin, respectivamente gerente geral e assessor da presidência da empresa MRS Logística (que detém a concessão da linha férrea); e o presidente da Associação Fluminense de Preservação Ferroviária, Antônio Pastori.

O objetivo do encontro foi apresentar detalhes do projeto aos representantes da MRS, para que seja analisado e posto em prática o mais breve. Possíveis locais de retornos, de paradas, manobras, desvios e instalações do trem foram assuntos em pauta.

Francisco Ramalho disse que houve uma ótima receptividade por parte da MRS.

- Não houve qualquer empecilho para que o trem turístico venha a funcionar, o que a MRS quer é estudar o projeto e traçar estratégias para que tudo corra com perfeição. Uma coisa é transportar cargas e outra é transportar pessoas. Todas as precauções com cuidados e segurança devem ser tomadas para que tudo corra conforme planejado. A empresa reconhece que no contrato de concessão existem duas passagens diárias para trem de passageiros. Eles estão sendo parceiros do projeto - afirmou o secretário.

A próxima etapa do programa é concluir a conversa com a MRS para dar início ao projeto.

Fonte: Diário do Vale 

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Trem do Pantanal não muda trecho e continuará partindo de Campo Grande

07/05/2012 - Midia Max

O Trem do Pantanal cresceu 25% em número de passageiros no ano de 2011, em relação a 2010, e já transportou aproximadamente 15 mil pessoas em seus três anos de operação.


Depois das notícias sobre a suspensão do trecho entre o distrito de Indubrasil, em Campo Grande, e Aquidauana, o grupo Serra Verde Express, responsável pela operação turística do Trem do Pantanal, no Mato Grosso do Sul, lançou nesta segunda-feira, 07 de maio, uma nota à imprensa onde afirma que os serviços de transporte ferroviário serão mantidos.

Na nota, assinada pelo presidente da operadora, Adonai Aires de Arruda, o texto afirma que manterá a cidade de Campo Grande no trecho percorrido pelas composições férreas há quase 3 anos. 

Veja a íntegra do comunicado à Imprensa, assinado pelo presidente do Grupo Serra Verde Adonai Aires de Arruda

O Grupo Serra Verde Express, responsável pela operação turística do Trem do Pantanal, no Mato Grosso do Sul, informa que não vai alterar o roteiro do passeio, conforme veiculado pela imprensa, e continuará a incluir Campo Grande em seu percurso.

O Trem do Pantanal cresceu 25% em número de passageiros no ano de 2011, em relação a 2010, e já transportou aproximadamente 15 mil pessoas em seus três anos de operação. Esses números, juntamente com pesquisa de bordo que indica 96% de aprovação dos clientes, dão a certeza de que a Serra Verde Express está no caminho certo.

Assim, o trem segue sem modificações. Sairá todos os sábados, às 8h, de Campo Grande com destino a Miranda. Aos domingos, o roteiro é invertido e o passeio parte de Miranda, no mesmo horário, e vai até a capital do estado. Dia 26 de maio, inclusive, em comemoração aos três anos do Trem do Pantanal, haverá uma saída temática com a presença de diversos artistas da região para animar os passageiros.

Fonte: MídiaMax 

Audiência pública discute volta de trem turístico na divisa de MG e SP

17/05/2012 - G1

Trem que fazia passeio entre Poços de Caldas (MG) e Águas da Prata (SP). Representantes de associação querem reativar os passeios.

Uma audiência pública vai discutir na tarde desta quinta-feira (17) na Câmara de Vereadores de Poços de Caldas (MG) a volta do trem turístico à cidade. Nas décadas de 1980 e 1990, o trem que fazia passeios de Poços de Caldas para Águas da Prata (SP) era uma das atrações turísticas mais importantes da região.

Agora, representantes da Associação Mogiana de Preservação Ferroviária querem reativar os passeios. Eles se reuniram com os governos de Poços de Caldas e de duas cidades do interior de São Paulo interessadas na reativação. Um levantamento da situação das linhas e das estações está sendo analisado em um projeto técnico.

O ramal da extinta Companhia Mogiana foi inaugurado em 1886. Naquele tempo, os trens carregavam mercadorias entre o Sul de Minas e o Estado de São Paulo. A linha também transportava passageiros até Campinas (SP), mas o serviço foi interrompido em 1976. Nas décadas seguintes, começaram os passeios turísticos. A diversão durou cerca de 10 anos

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Serra Verde Express completa 15 anos

11/05/2012 - Revista Ferroviária

Trem das Montanhas Capixabas (ES) começou a operar em 2010
A Serra Verde Express, que opera trens turísticos no Paraná, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, completa 15 anos neste mês.  Ao longo desses anos, a empresa já transportou mais de 2 milhões de passageiros.  A Serra Verde projeta forte crescimento para os próximos anos e deve inaugurar dois novos roteiros na região Sudeste.

A empresa foi criada em 1997 para administrar os trens turísticos do Paraná, que operam entre as cidades de Curitiba, Morretes e Paranaguá. O passeio é referência em turismo ferroviário.  Em 2009, a Serra Verde foi convidada pelo Governo do Mato Grosso do Sul para operar o Trem do Pantanal. Em 2010 passou a operar também o Trem das Montanhas Capixabas, no Espírito Santo.

“Chegar a esses 15 anos é uma alegria muito grande para a Serra Verde, porque quando assumimos havia apenas cinco vagões em condições de funcionar. Hoje transformamos o roteiro em um passeio turístico de nível internacional”, revela Adonai Arruda Filho, diretor comercial da empresa.

Em 2011, cerca de 200 mil passageiros utilizaram os roteiros oferecidos pela empresa, um aumento de 18% em relação a 2010.  A expectativa é atingir a marca de 240 mil passageiros em 2012.  O principal roteiro da Serra Verde é o Trem da Serra do Mar Paranaense, que transportou cerca de 170 mil passageiros em 2011. A expectativa é que 180 mil pessoas façam o passeio neste ano.

Nesta semana, o Trem do Pantanal completa três anos de operação e para comemorar a data, a Serra Verde vai fazer um passeio temático no dia 26 de maio, com apresentações de artistas regionais. O passeio sairá às 8h de Campo Grande e terá Miranda como destino. Os bilhetes custam a partir de R$ 65,00.  Outras informações sobre o passeio podem ser obtidas no site www.serraverdeexpress.com.br.

Foto: Carlos Renato Fernandes

domingo, 6 de maio de 2012

Expresso Turístico completa 3 anos de operação

19/04/2012 - CPTM

A CPTM [Companhia Paulista de Trens Metropolitanos] celebra, no próximo dia 19 de abril, três anos da primeira viagem realizada pelo Expresso Turístico, para Jundiaí. De lá pra cá, cerca de 40 mil passageiros fizeram a viagem para um dos três destinos oferecidos: Jundiaí, Mogi das Cruzes e Paranapiacaba, em mais de 250 viagens. 

Criado pela STM [Secretaria dos Transportes Metropolitanos] e CPTM, em parceria com a Secretaria do Turismo, e com o apoio da ABPF [Associação Brasileira de Preservação Ferroviária], IPHAN [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional] e das prefeituras de Jundiaí, Mogi das Cruzes e Santo André, o Expresso Turístico faz sucesso entre o público. 

O sucesso da iniciativa pode ser comprovado pela grande procura e aprovação de quem já utilizou o serviço. De acordo com pesquisa realizada em 2009, 90% dos turistas com destino a Jundiaí e 82% com destino a Mogi das Cruzes tiveram as expectativas superadas ou atendidas pela viagem. É possível ainda acompanhar o depoimento de quem já viajou no Expresso no "Diário de Bordo".

A última pesquisa qualitativa, realizada entre novembro de 2010 e fevereiro de 2011, revela a aprovação do serviço pelos usuários e profissionais do setor turístico. Em geral, os entrevistados descreveram a viagem como "calma, boa para curtir a paisagem e no tempo suficiente", o que comprova o acerto na escolha dos roteiros e do serviço diferenciado. Os monitores também foram bem avaliados: "... dão explicações no percurso, são bem treinados, receptivos, atenciosos e delicados". A pontualidade ["britânica, dentro do combinado"], a segurança adequada e o conforto ["bom, tudo arrumado, limpo"] também foram destacados pelos participantes da pesquisa.

Roteiros
Atualmente, os roteiros disponíveis são: Luz-Jundiaí [semanal, aos sábados], o primeiro a ser inaugurado; Luz-Mogi das Cruzes [mensal, sempre no segundo domingo do mês], em funcionamento desde junho de 2009; e Luz-Paranapiacaba [aos domingos, exceto o segundo domingo do mês], que opera desde setembro de 2010. 

Em 2010, o Expresso Turístico ficou entre as 26 escolhidas na I Chamada para a Premiação das Melhores Práticas dos 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional - Estudo de Competitividade 2010, promovida pelo Ministério do Turismo. 

Trem
O passeio é feito a bordo de um trem, composto por uma locomotiva, da CPTM, e dois carros de aço inoxidável fabricados no Brasil na década de 60. Cedidos pela Associação Brasileira de Preservação Ferroviária [ABPF], os vagões foram restaurados pela CPTM. 

São 174 poltronas para acomodar confortavelmente os turistas, além de espaço reservado para cadeira de rodas [com cinto de segurança e ancoragem da cadeira]. Ao longo do percurso sobre os trilhos, que dura cerca de 1 hora e meia, monitores dão informações históricas sobre a ferrovia. As viagens para Mogi das Cruzes também conta com um vagão-bicicletário.

Passagem
O preço unitário da passagem é de R$ 32,00, exceto para os embarques na Estação Santo André, com destino a Paranapicaba, que saem por R$ 29,00. O bilhete é vendido das 6h às 18h30, todos os dias, na bilheteria da Estação da Luz localizada no acesso à Pinacoteca e na Estação Prefeito Celso Daniel-Santo André [Linha 10-Turquesa]. Há descontos de 50% na compra de até três passagens para acompanhantes. O trem parte da plataforma 4 da Estação da Luz, às 8h30, e o retorno para São Paulo ocorre às 16h30, com chegada às 18h. 

O bilhete da CPTM contempla somente a viagem de trem até um dos três destinos, onde existe a possibilidade desfrutar dos roteiros complementares, que são de responsabilidade dos operadores de turismo regionais, e devem ser adquiridos diretamente nas agências de turismo. 

A empresa Rizzatour oferece os roteiros turísticos, que são pagos à parte e não estão inclusos na tarifa do Expresso Turístico. Esses roteiros opcionais não são de responsabilidade da CPTM e são pagos diretamente à agência de turismo, que mantém um balcão ao lado das bilheterias do Expresso Turístico, na Estação da Luz.

Roteiros turísticos complementares

- Jundiaí, as opções são o roteiro cultural [passeio pelo patrimônio histórico], o roteiro ecológico [passeio na Serra do Japi] e o roteiro rural [Circuito das Frutas]. 
- Mogi das Cruzes são oferecidos os roteiros rural [Circuito das Flores], ecológico [Parque da Neblina], cultural [patrimônio histórico] e eco cultural [Parque Centenário e Museu Igreja do Carmo]. 
- Paranapiacaba, o turista pode optar pelo circuito cultural [Vila Inglesa ou Nos Trilhos da SPR], histórico/ambiental [Expresso Paranapiacaba] e ecológico [Nas Trilhas da Serra do Mar ou Nascentes do Rio Grande].

Mais informações no hotsite do serviço. Confira também o Expresso Turístico no Flickr da CPTM clicando no link: 

http://www.flickr.com/photos/cptm_oficial/sets/72157629488769764/

domingo, 29 de abril de 2012

Uma viagem no tempo com a maria-fumaça

29/04/2012 - Diário de São Paulo

Estrada de Ferro Perus-Pirapora é uma ótima opção de passeio na Zona Norte da capital paulistana

Por Samantha Henzel

Inaugurada em 1914, a Estrada de Ferro Perus-Pirapora liga Perus, na Zona Norte, ao município de Cajamar, na Grande São Paulo. A concessão para construção da ferrovia foi dada em 1910, com o objetivo de transportar romeiros até o Santuário de Pirapora do Bom Jesus, mas a linha nunca chegou ao seu destino.


São 15 quilômetros de via tombados pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico). Em 2011, oito quilômetros (ida e volta) foram reativados com objetivo de atrair turistas para o bairro, tornando-se uma boa opção para quem tem curiosidade em passear de maria-fumaça. O percurso leva uma hora entre ida e volta.

No final do trajeto encontra-se o Eco Museu Ferroviário, um espaço a céu aberto, que reúne mais de 130 peças, entre vagões, vagonetas, locomotivas do início do século passado e outros pequenos objetos que ajudam a contar parte da história das ferrovias paulistas. As belezas da paisagem ajudam a tornar o passeio muito agradável e uma ótima oportunidade para o contato com a natureza.

A assistente parlamentar Ana Sueli Ferreira da Silva, de 46 anos, recomenda. "Eu gostei tanto que em setembro comemorei meu aniversário lá. Me encanta o trilho em meio à mata ciliar do Parque Anhanguera", disse.

O auxiliar administrativo Alex Gaudio Rodrigues, de 31 anos, é ferromodelista. "Eu tenho seis peças da Perus-Pirapora. A via é uma das mais bonitas que conheço e o governo deveria investir na restauração desse patrimônio."

Paulo Rodrigues, de 48 anos, presidente do IFPPC (Instituto de Ferrovias e Preservação do Patrimônio Cultural), responsável pelo passeio, informou que a atividade acontece todo domingo, mas amanhã também estará disponível por causa do feriado.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Expresso Turístico de SP completa 3 anos de operação

18/04/2012 - CPTM

A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) celebra, nesta quinta-feira dia 19 de abril, três anos da primeira viagem realizada pelo Expresso Turístico, para Jundiaí. De lá pra cá, cerca de 40 mil passageiros fizeram a viagem para um dos três destinos oferecidos: Jundiaí, Mogi das Cruzes e Paranapiacaba, em mais de 250 viagens.

Criado pela STM (Secretaria dos Transportes Metropolitanos) e CPTM, em parceria com a Secretaria do Turismo, e com o apoio da ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária), IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e das prefeituras de Jundiaí, Mogi das Cruzes e Santo André, o Expresso Turístico faz sucesso entre o público.

O sucesso da iniciativa pode ser comprovado pela grande procura e aprovação de quem já utilizou o serviço. De acordo com pesquisa realizada em 2009, 90% dos turistas com destino a Jundiaí e 82% com destino a Mogi das Cruzes tiveram as expectativas superadas ou atendidas pela viagem. É possível ainda acompanhar o depoimento de quem já viajou no Expresso no “Diário de Bordo”.

A pesquisa mais recente, desta vez qualitativa, realizada entre novembro de 2010 e fevereiro de 2011, revela a aprovação do serviço pelos usuários e profissionais do setor turístico. Em geral, os entrevistados descreveram a viagem como "calma, boa para curtir a paisagem e no tempo suficiente", o que comprova o acerto na escolha dos roteiros e do serviço diferenciado.

Os monitores também foram bem avaliados: "... dão explicações no percurso, são bem treinados, receptivos, atenciosos e delicados". A pontualidade ("britânica, dentro do combinado"), a segurança adequada e o conforto ("bom, tudo arrumado, limpo") também foram destacados pelos participantes da pesquisa.

Roteiros

Atualmente, os roteiros disponíveis são: Luz-Jundiaí (semanal, aos sábados), o primeiro a ser inaugurado; Luz-Mogi das Cruzes (quinzenal*, aos domingos), em funcionamento desde junho de 2009; e Luz-Paranapiacaba (quinzenal, aos domingos), que opera desde setembro de 2010.

Em 2010, o Expresso Turístico ficou entre as 26 escolhidas na I Chamada para a Premiação das Melhores Práticas dos 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional - Estudo de Competitividade 2010, promovida pelo Ministério do Turismo.

O assessor de planejamento da STM, Ayrton Camargo e Silva, que também foi coordenador técnico do Expresso desde sua implantação, avalia positivamente os três anos de existência do projeto. “O objetivo é perseguir uma qualidade cada vez maior”. Ele destaca que, diferentemente do transporte diário, o Expresso Turístico exigiu da Companhia um sistema inovador de operação.  “A CPTM, com este novo serviço, está desenvolvendo uma cultura de operação de serviços especiais, baseada na qualidade oferecida por outros modais presentes no transporte turístico”, comenta o assessor.

Trem - O passeio é feito a bordo de um trem, composto por uma locomotiva, da CPTM, e dois carros de aço inoxidável fabricados no Brasil na década de 60. Cedidos pela Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), os vagões foram restaurados pela CPTM. São 174 poltronas para acomodar confortavelmente os turistas, além de espaço reservado para cadeira de rodas (com cinto de segurança e ancoragem da cadeira). Ao longo do percurso sobre os trilhos, que dura cerca de 1 hora e meia, monitores dão informações históricas sobre a ferrovia. As viagens para Mogi das Cruzes também contam com um vagão-bicicletário.

Passagem - O preço unitário da passagem é de R$ 30,00, exceto para os embarques na Estação Santo André, com destino a Paranapicaba, que saem por R$ 27,00. O bilhete é vendido das 6h às 18h30, todos os dias, na bilheteria da Estação da Luz localizada no acesso à Pinacoteca e na Estação Prefeito Celso Daniel-Santo André (Linha 10-Turquesa). Há descontos de 50% na compra de até três passagens para acompanhantes. O trem parte da plataforma 4 da Estação da Luz, às 8h30, e o retorno para São Paulo ocorre às 16h30, com chegada às 18h.
O bilhete da CPTM não contempla esses passeios, estes devem ser adquiridos diretamente nas agências de turismo.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Trem turístico próximo de virar realidade em Mangaratiba

18/04/2012 - Diário do Vale

No fim de março, a prefeitura lançou oficialmente o projeto Trem dos Mares da Costa Verde

O presidente da Associação Fluminense de Preservação Ferroviária, Antonio Pastori, esteve em Mangaratiba esta semana para uma inspeção nas estruturas e condições da cidade para receber o "Trem dos Mares da Costa Verde".

Pastori foi designado pela secretaria Estadual de Transportes para dar o parecer sobre viabilidade do projeto e inspecionar não só Mangaratiba, mas todas as cidades que tem o potencial para este tipo de projeto.

No fim de março, a prefeitura lançou oficialmente o projeto ‘Trem dos Mares da Costa Verde', uma viagem temática de trem que sairá da Estação de Itacuruçá com destino à Praia do Sahy. O objetivo é resgatar a história e a cultura dos 180 anos da cidade, além de mostrar os pontos turísticos naturais.

Na visita, Pastori teve a companhia do secretário de Turismo Francisco Ramalho. Os dois caminharam a pé pela linha férrea da estação de Itacuruçá até a enseada da praia de Santo Antonio, trajeto que o trem fará, para um estudo de viabilidade, conferir locais de paradas, manobras e desvios.

- Fizemos uma inspeção para adequar os desvios da linha e o local de estacionamento dos vagões. Na estação de Itacuruçá, por exemplo já existia um ponto de desvio de cerca de 300 metros, faltando apenas alguns detalhes para o funcionamento. Na enseada de Santo Antonio conseguimos um ponto ideal para o desvio e a manobra, e para a construção das novas instalações: estação, restaurante e plataforma. O trem terá três paradas, em Muriqui, no Sahy e o término da viagem em Santo Antônio - disse o secretário de Turismo.

Pastori se mostrou empolgado com o que viu. "Pelo que pude ver aqui em Mangaratiba, praticamente 90% do trabalho já está feito. Falta somente concluir os desvios e pequenos detalhes. A pedido do subsecretário estadual de Transportes, Delmo Pinho, já fiz a inspeção nos vagões, que são quatro e estão em Barão de Mauá. Os vagões, que são do Governo do Estado, estão em boas condições e aparentemente faltam pequenos reparos. Se o equipamento passar pelo teste, acredito que em 90 dias poderemos realizar a primeira viagem do trem de Mangaratiba. Tudo está em nossas mãos, basta querermos e trabalharmos para isso", disse Pastori.

Sobre o trajeto, Antonio Pastori disse que poucas vezes viu um lugar tão bonito.

- Já viajei muito e pude ver dezenas de projetos de trens turísticos no Brasil e no exterior e, em minha opinião, o trecho é um dos mais bonitos que já vi, se não o mais bonito, porque é a combinação perfeita entre serra e mar. O Trem dos Mares tem tudo para colocar Mangaratiba como um dos melhores destinos para este tipo de turismo do país - concluiu Pastori.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Trem do Pantanal vai excluir Campo Grande de trajeto a partir de maio

10/04/2012 - Campo Grande News

Estação teve investimento de R$ 1,6 milhão.

De volta aos trilhos desde maio de 2009, o Trem do Pantanal vai excluir Campo Grande do trajeto a partir do dia 26 do próximo mês. A mudança é justificada por questões de logística e viabilidade financeira.

A viagem vai ser reduzida em sete horas. Atualmente, o trem parte às 8h da estação de Indubrasil e chega a Miranda, destino final, às 17h30. A partir de maio, os passageiros vão de transporte rodoviário - ônibus e vans - até Aquidauana.

Eles sairão de Campo Grande às 11h. Às 14h30, embarcam na estação de Aquidauana e três horas depois chegam a Miranda. Desta forma, o trem percorre o trecho do começo do Pantanal. No retorno, o trem sai às 9h30 de Miranda e chega às 12h30 em Aquidauana. A velocidade média era de 27 km/h, imposta pelo estado de conservação da malha ferroviária.

De acordo com a gerente do Trem do Pantanal, Lilian Marian, a maior parte dos passageiros vem de São Paulo e o novo itinerário se encaixa melhor com as chegadas e partidas de voos no aeroporto Internacional de Campo Grande.

"Também tem a questão da viabilidade econômica, com os valores pagos à ALL", afirma. A gerente refuta a tese de que a mudança é por falta de passageiros. "A procura já é maior. Tem pacotes que incluem Bonito", conta. Segundo ela, há poucos passageiros é de dentro do Estado.

Com a mudança, a estação de Indubrasil corre o risco de voltar ao ostracismo. Abandonada por anos a fio, a estação recebeu recursos de R$ 1,6 milhão para revitalização.

Depois de muitas promessas, saudades e frustrações, o Trem do Pantanal foi inaugurado em 8 de maio com festa pelo presidente Lula e toda a classe política. O trem voltou não mais como de passageiros, que ia de Campo Grande a Corumbá, mas como produto turístico e o trajeto até Miranda.

A viagem custa R$ 90 para adultos e R$ 35 para crianças.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Trem turístico está de volta aos trilhos de Ouro Preto e Mariana

07/04/2012 - ABIFER


Ao longo do percurso, um guia turístico fica por conta de entreter os viajantes.

Contemplar os remanescentes de mata atlântica e admirar-se com as belezas de Minas Gerais no interior de um trem. Quem estiver em Ouro Preto e Mariana durante a Semana Santa poderá desfrutar de um dos passeios mais charmosos na região. O trem turístico, que interliga as duas cidades mineiras, voltou a funcionar.

O Trem da Vale, como é chamado, ficou parado durante 105 dias, em decorrência das fortes chuvas que atingiram os dois municípios da região Central de Minas. Esse foi o período mais longo em que a locomotiva ficou desativada desde que foi inaugurada, em 2006. As viagens foram retomadas no último dia 30.

Com capacidade para receber 292 pessoas, a composição, que resgata a história do Brasil e de Minas Gerais, disponibiliza ainda um vagão de 52 lugares com vista panorâmica, o único do tipo no país. O percurso, de 18 quilômetros, é feito sem pressa. A velocidade média da locomotiva não ultrapassa os 20 km/hora.

O Trem da Vale, muito além da revitalização das estações e de transportar passageiros, propõe o reconhecimento e a valorização do patrimônio cultural e natural das comunidades envolvidas. “A ideia é promover o resgate da história através de um projeto educacional e patrimonial”, detalha a chefe de trem Bruna Miranda.

Ao longo do percurso, um guia turístico fica por conta de entreter os viajantes. Cabe a ele contar as curiosidades históricas dos lugares visitados, por onde muita gente já passou. Somente no ano passado, de acordo com a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), responsável por operar o trecho, 85.591 pessoas viajaram na composição. As estações de Ouro Preto e Mariana, consideradas âncoras do projeto desenvolvido pela empresa no país, também englobam oficinas de arte e educação e atividades específicas sobre patrimônio cultural.

No prédio da Estação Ferroviária de Ouro Preto, os visitantes ainda podem conhecer exposições permanentes sobre a história do trem, a ciência, a técnica e uma maquete de ferromodelismo. Na área externa da ferrovia, está instalado o vagão sonoro ambiental, que abriga uma oficina de construção de instrumentos musicais e esculturas sonoras feitas de material reciclado. Outras atrações são os vagões biblioteca, com acervo ligado ao patrimônio, e dos sentidos, que conduz o visitante a uma viagem de sensações, sons e imagens.

A locomotiva funciona às sextas-feiras, sábados, domingos e feriados para os turistas em geral. De Ouro Preto, a composição parte às 10h e às 15h30, e de Mariana, às 8h30 e às 14h. O bilhete, que deve ser retirado na bilheteria da estação, custa R$ 40 para ida e volta e R$ 25 somente para ida. No vagão panorâmico, os valores são de R$ 70 e R$ 40. Crianças de até 5 anos e adultos com mais de 60 pagam meia.

Com informações do Jornal Hoje em Dia

Fonte: ABIFER
 

quinta-feira, 29 de março de 2012

Alagoas revitaliza trem turístico

29/03/2012 - Porto Gente

Com a revitalização da via férrea e a implantação do trem, haverá aumento substancial no de visitantes, o que fortalecerá o comércio local

Depois de 48 anos da sua última viagem ligando Piranhas (AL) a Jatobá (PE), em 31 de março de 1964, a antiga estrada férrea tem perspectivas de voltar a funcionar. Com a chegada da locomotiva Maria Fumaça, em janeiro, e com a licitação de construção prevista para o meio deste ano, o projeto pretende revigorar as atrações turísticas da região, gerando emprego e renda para a população local.

O trem realizará um trajeto de 14 km, com um passeio que proporcionará vista exuberante do Rio São Francisco. O objetivo do projeto é trazer benefícios como aumento do fluxo turístico local, maior divulgação de Piranhas, resgate histórico da Estrada de Ferro Paulo Afonso, aumento de empregos para o segmento e inserção do trajeto nos roteiros. O município de Piranhas faz parte do Arranjo Produtivo Local (APL) Turismo Caminhos do São Francisco, que tem o Sebrae em Alagoas como parceiro.

Fortalecimento
Segundo o diretor de Turismo de Piranhas, Jairo Luiz Oliveira, a iniciativa trará desenvolvimento econômico, especialmente com o surgimento de novos negócios voltados para exploração da estrada de ferro.

“Hoje, o município está entre os três destinos mais prestigiados de Alagoas. Com a revitalização da via férrea e a implantação do trem, teremos aumento substancial em nosso fluxo de visitantes, o que fortalecerá o comércio local”, explica o diretor.

A ideia do projeto partiu da prefeitura e está sendo desenvolvida por técnicos desse órgão e da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), com apoio do Ministério do Turismo.

Com informações da Agência Sebrae de Notícias..      Versão para impressão 

segunda-feira, 26 de março de 2012

Termo garante volta da EF Príncipe do Grão Pará

26/03/2012 - Tribuna de Petrópolis

O prefeito Paulo Mustrangi assinou nesta sexta-feira (23) o Acordo de Cooperação Técnica, junto com prefeito de Magé, Nestor Vidal, com o secretário de Estado de Transportes, Julio Lopes e com o subsecretário de Estado de Obras, Vicente Loureiro. O acordo celebrado tem como objetivo o desenvolvimento de estudos e ações que estabeleçam condições técnicas, operacionais e econômicas necessárias à reativação da Estrada de Ferro Príncipe do Grão Pará.

“O trabalho de resgate da estrada de ferro tem um viés econômico e histórico, pois resgata o elo com a cidade. A assinatura deste protocolo é um grande passo para que este sonhado projeto seja concretizado. Tenho certeza que as esferas de poder público oferecerão todas as condições necessárias para a volta do trem a Petrópolis. Fica aqui o meu muito obrigado aos militantes da causa (GT-Trem) que nunca esmoreceu diante das dificuldades”, afirmou Mustrangi.

O prefeito de Magé, Nestor Vidal, destacou que “em sete meses de governo demos uma guinada profunda em direção ao desenvolvimento. Tenho certeza que junto com o prefeito Mustrangi e com o governo estadual, vamos conseguir alcançar os nossos objetivos”.

Julio Lopes também disse que o “projeto tem a um viés econômico muito importante para as cidades envolvidas e acredito que um passo muito grande foi dado para o projeto sair do papel”.

O subsecretário de Estado de Obras, Vicente Loureiro, disse que “com o estudo de viabilidade e o suporte do Prodetur, será possível a realização deste projeto”.

História da estrada de ferro

A Grão-Pará era um prolongamento natural da primeira ferrovia do Brasil, a Estrada de Ferro Petrópolis, de iniciativa do Barão de Mauá, inaugurada em 1854 com a presença do Imperador Dom Pedro II. Maua detinha a concessão para levar os trilhos até Petrópolis, mas em virtude da sua derrocada financeira, a obra só foi concluída em 1883, quando os trilhos finalmente chegaram a Petrópolis após vencerem o plano inclinado de seis quilômetros da Serra da Estrela, entre Vila Inhomirim (Raiz da Serra) e o Alto da Serra, em Petrópolis.

A reativação dessa ferrovia é um antigo sonho petropolitano. Reinstalando-se os seis quilômetros de trilhos no trecho da serra, o Trem Expresso Imperial poderá conectar-se aos 49 quilômetros de trilhos que já existem, entre Vila Inhomirim e o Centro do Rio, precisamente na Estação da Leopoldina.

terça-feira, 20 de março de 2012

No Brasil, cinco milhões de pessoas viajaram em trens turísticos no último ano

19/03/2012 - Pantanal News

O transporte turístico ferroviário foi a escolha de cinco milhões de passageiros em 2011, um volume 33% maior que o do ano anterior. A meta para 2016 é chegar a 10 milhões de passageiros por ano. Desde 2010, o Ministério do Turismo (MTur) coordena um Grupo de Trabalho (GT) de Turismo Ferroviário para desenvolvimento de políticas de fomento ao turismo ferroviário no País.

No momento, estão em análise mais 50 propostas de prefeituras e entidades privadas para implementação de projetos de ferrovias. O GT trabalha para que haja aumento da oferta de atrativos turísticos nas diversas regiões do País. “Vamos definir quais projetos poderão ser desenvolvidos mediante concessão de bens móveis (vagões, mobiliários) e imóveis (estações) da extinta Rede Ferroviária Federal (RFFSA) e aporte de recursos públicos”, explicou o diretor do MTur e coordenador do grupo, Ricardo Moesch.

Cruzeiros ferroviários - Entre as propostas em análise, a pauta do GT inclui para este ano uma novidade para o mercado turístico brasileiro: a possibilidade de criação de cruzeiros ferroviários, a exemplo dos marítimos, com paradas em pontos turísticos.

As regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste (em 11 estados) concentram 32 trens turísticos em circulação numa malha ferroviária de 30 mil quilômetros. As opções incluem visitas a apenas um ponto turístico, com duração de alguns minutos, e viagens que podem durar até 12 horas, saindo de um estado para outro. O percurso também pode incluir apresentações culturais e musicais.

Roteiros - Um dos roteiros mais populares é o do Trem do Corcovado, no Rio de Janeiro, que recebe anualmente mais de um milhão de passageiros.  Já em Minas Gerais, os trilhos passam por localidades que têm acervo histórico, cultural e artístico, como é o caso da Maria Fumaça. O trecho entre São João Del Rey e Tiradentes, por exemplo, é feito com guia e passa por diversos pontos turísticos, como a Serra de São José, conhecida também como Serra de Tiradentes, pela Mata Atlântica, Fazenda Centenária e Rio das Mortes.

Outro roteiro em destaque é o do Trem do Forró, que sai do Sul para o Nordeste há 22 anos, e nas festas juninas faz o percurso entre Recife e Caruaru. Em cada um dos 10 vagões, um grupo diferente de forro pé-de-serra se apresenta para os viajantes, durante trajeto de cinco horas. O trem chega a carregar mil pessoas a cada viagem.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Reativação da EF Barão de Mauá está próxima

27/02/2012 - Tribuna de Petrópolis

Com termos de compromisso já assinados individualmente pelas prefeituras de Petrópolis e Magé e documentos já entregues pelas duas prefeituras ao governo do estado, o acordo de cooperação técnica entre governos do estado e os municípios para reativação da Estrada de Ferro Príncipe Grão Pará deve ser assinado no mês que vem em Petrópolis. “A nossa expectativa é de que o termo de cooperação seja firmado durante o seminário Brasil de Volta aos Trilhos, que acontece em março e que deverá ter a presença do governador Sérgio Cabral”, explicou o presidente da Associação Fluminense de Preservação Ferroviária e autor do projeto de reativação da Estrada de Ferro Príncipe Grão Pará, Antônio Pastori.

O termo de cooperação vai viabilizar o início dos estudos de engenharia, ambientais e sociais para que o projeto comece a sair do papel. A reativação da estrada de ferro que vai ligar os dois municípios promete impulsionar o turismo em Petrópolis e deverá tornar Magé mais atrativa para indústrias. A execução das obras vai exigir um investimento de R$ 72 milhões e será custeada com recursos dos governos do Estado e Federal. 

O projeto prevê a recomposição de seis quilômetros de trilhos, sendo quatro no trecho entre o Alto da Serra e a Raiz da Serra, e dois até a Vila Inhomirim, em Magé. Toda a parte de infraestrutura da ferrovia, como a instalação dos trilhos e viadutos, ficará sob a responsabilidade do governo do estado. Às prefeituras de Petrópolis e Magé caberá a parte de regulamentação fundiária e revitalização da área – projetos que serão custeados com recursos provenientes do Programa do Governo Federal, Minha Casa Minha Vida.

Inaugurada em 1883, com as presenças do imperador Dom Pedro II e do Barão de Mauá, a Ferrovia Príncipe Grão Pará funcionou durante 81 anos. Ela foi desativada em novembro de 1964. A reativação da Ferrovia Príncipe Grão Pará está entre os projetos do governo para aumentar o número de trens turísticos em funcionamento no país – uma atração a mais para turistas estrangeiros que visitarão o Brasil por conta de eventos esportivos como a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas no Rio, em 2016.  Até 2015, o objetivo é dobrar o número de passageiros, para dez milhões, e aumentar em 50% as operações. Para isso, serão investidos cerca de R$ 500 milhões em recursos do Ministério do Turismo.

Atualmente, existem em operação no Brasil 32 trens turísticos, espalhados por 11 estados. Os mais conhecidos são o Trem do Corcovado (RJ), o do Vinho (RS), o do Pantanal (MS), o da Vale Ouro Preto Mariana (MG), o da Serra do Mar (PR) e a Estrada de Ferro de Campos do Jordão (SP), por onde circulam cerca de 150 mil passageiros por ano.