quarta-feira, 15 de junho de 2011

Transbaião com roteiro turistico na Bahia.

14/06/2011 - Blog de Ary Moura

Estação de trem em Simões Filho (Foto Produção)

No Transbaião, o trem que inaugura um novo roteiro turístico e cultural na Bahia. A locomotiva partiu da cidade de Simões Filho e fez uma viagem inaugural de 15 quilômetros, até Camaçari. No dia 17, percorre os 20 quilômetros entre Alagoinhas e Catu e, no dia 25 de junho, parte de Conceição da Feira para São Félix. No trajeto, a riqueza cultural dos municípios do Recôncavo Baiano, que se manifesta com toda força neste período de festejos juninos. Não é por outro motivo que o nome do projeto é Transbaião, numa homenagem ao velho rei do baião, Luiz Gonzaga. A iniciativa de fomentar este novo roteiro turístico é do deputado federal Luiz Argôlo, afilhado de Gonzaga. O parlamentar buscou apoio do Ministério dos Transportes, Vale e direção da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), com a finalidade de concretizar o projeto. O Transbaião fará apenas quatro viagens neste período de festejos juninos, mas a intenção é ir além disso. “Queremos que a viagem do trem turístico passe de uma ação pontual para um projeto permanente. Já estamos estudando a viabilidade”, diz Argôlo. Agradecemos o convite que nos foi feito pelos organizadores deste projeto mais não era possível esta presente nesta terça-feira (14.06.)

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Rota turística volta a funcionar em SP

08/06/2011 - Agência Estado


Inativa desde o início da década de 1980, parte da Estrada de Ferro Perus-Pirapora (EFPP), na zona norte da capital paulista, voltou a funcionar recentemente para passeios turísticos. O projeto é de responsabilidade do Instituto de Ferrovias e Preservação do Patrimônio Cultural (IFPPC), associação sem fins lucrativos que desde 2001 cuida da revitalização da antiga ferrovia, a única de bitola pequena em funcionamento no Brasil atualmente, e de seu material rodante. A sua história está associada ao início da construção dos arranha-céus da metrópole nascente na década de 1930 porque servia à fábrica de cimentos que se estabeleceu no bairro.

O passeio, com extensão de seis quilômetros (ida e volta), tem duração de cerca de 10 minutos, custa R$ 5 e tem três saídas por domingo a partir de um ponto na Estrada da Pedreira. O trecho margeia o Rio Juqueri e passa ao lado do Parque Anhanguera. Segundo o presidente da IFPPC, Paulo Rodrigues, o passeio do trem movido a vapor atrai um público curioso: o saudosista que vivenciou a época do trem como meio de transporte para longas distâncias e a nova geração que não conheceu, mas se interessa e pesquisa sobre o tema.

Ele cita o caso de um garoto de 12 anos que sempre vai ao local acompanhar os trabalhos de manutenção da via e dos carros e locomotivas. Morador de Osasco, Edison Pedro Toniolo levou o filho de sete anos, Pedro Henrique, para o passeio porque ele gosta de brincar com um programa de simulador de trem no computador de casa. Ele gostaria que o filho tivesse um contato real com as máquinas. Toniolo conta que ficou sabendo do projeto por meio de um companheiro de trabalho que atua como voluntário para a IFPPC. "Achei legal o passeio, o que me impressionou foi ver uma Maria Fumaça que não funciona a carvão", diz Pedro Henrique, se referido ao simulador virtual. O combustível da locomotiva do passeio, a nº 2, de origem francesa, é lenha de eucalipto e vapor d'água.

Rodrigues explica que o acervo da IFPPC é singular porque reúne material de outras 10 estradas de ferro brasileiras da primeira metade do século 20, entre estas a Douradense, a Companhia Paulista, a Cantareira Tramway, da Usina Monte Alegre e da fazenda do Santos Dumont. As máquinas foram sendo compradas ao logo do tempo pela Perus-Pirapora à medida que eram descartadas pelas proprietárias originais. "Mantemos a história viva da Perus-Pirapora e de outras ferrovias", diz. "Quando restaurarmos a 17 e a 10, não queremos deixá-la como Perus-Pirapora ou Companhia Brasileira de Cimento Portland, queremos recuperar como Tramway da Cantareira", exemplifica.

O acervo da estrada de ferro, parte dele armazenado na cidade de Cajamar, é patrimônio histórico tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), órgão ligado à Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo. A concessão do título foi feita em 1987.

Fãs

Segundo Rodrigues, devido ao numeroso grupo de aficionados pela EFPP existente no exterior, há atualmente uma lista sendo divulgada nos Estados Unidos, Canadá e Europa para ajudar a recuperar a locomotiva de origem estadunidense número 17, que vai completar 100 anos em dezembro deste ano, conhecida como Adoniran Barbosa, em referência ao famoso samba do paulista. "Recebi recentemente o projeto dela em 3D feito por um australiano a partir de fotos antigas da máquina e informações que ele conseguiu no museu da fábrica nos Estados Unidos", conta.

A locomotiva mais antiga do acervo, a número 1, também de origem estadunidense e ainda não restaurada, foi construída há 115 anos. Outra preciosidade é um trem alemão movido a diesel, restaurado recentemente, e que exibe no pátio da ferrovia uma cor verde-amarela vibrante. Rodrigues diz que a máquina é a mais antiga da sua categoria em funcionamento no Brasil.

Além do trabalho de recuperação das máquinas, os trilhos da Perus-Pirapora estão passando por um processo de revitalização em alguns pontos da extensão prevista no contrato de concessão em comodato por 50 anos, com a possibilidade de renovação, entre o proprietário, herdeiros do grupo empresarial JJ Abdalla, e a ONG.

O trecho inicia logo após a estação Perus da antiga São Paulo Railway e termina no km 17, no bairro Gato Preto, no município de Cajamar. Apesar do nome, a linha férrea nunca chegou a Pirapora. O destino final se justificou pelo apelo político na época da sua concessão, em 1910, também para atender ao transporte de romeiros até a cidade. Os voluntários cortaram o mato que atrapalhava o caminho e cresceu para dentro do caminho dos trilhos, substituíram trechos destes que estavam danificados e trocaram dormentes.

Para completar esse trabalho, se não houver percalços, faltam 3,8 km de linha. De acordo com o vice-presidente da IFPPC, Nelson Camargo, já houve até furtos de trilhos. "Os ladrões cortam o ferro em pedaços e levam embora. Se não tomarmos cuidado e limparmos, corremos o risco de sermos furtados novamente", avalia. Ele cita como um dos obstáculos a ser vencido o desmoronamento de um barranco em trecho da ferrovia, que deixou cerca de 4,5 metros de linha suspensa.

História

Nelson Camargo é morador do bairro de Perus e a história da sua família está ligada à da estrada: o avô ajudou a construí-la, o tio foi maquinista e o pai trabalhou na fábrica de cimento local. Entre 1968 e 1970, o hoje dono de uma pequena gráfica no bairro foi maquinista noturno da Santos-Jundiaí.

O foguista da locomotiva Jair Guidini também tem ligações antigas com a EFPP. O irmão dele era capataz do parque e Jair e sua família, que moravam na zona leste da capital, passavam o final de semana na casa do parente que ficava perto de um trecho da linha. Ele conta que tinha sete anos quando andava e brincava pelos trilhos e subia em cima dos carros carregados de pedra. Com a morte do tio, parou de ir ao local. "Fiquei sabendo do projeto muitos anos depois por meio do meu filho, que é o maquinista hoje da Perus-Pirapora", diz.

"Por isso que falo que esse é um negócio de filho para pai", brinca Leandro Guidini, que está no instituto desde 2004 e já foi maquinista do trem a vapor turístico da Vale que faz o percurso entre Ouro Preto e Mariana, em Minas Gerais. Apaixonado desde a infância por locomotivas de bitola estreita, ele é um dos poucos contratados da ONG.

Jair diz que sempre leva sementes, e ofereceu à reportagem um punhado de semente de pinhão, abricó, jabuticaba, limão siciliano e acerola para jogar na mata ao longo do caminho do trem a partir da cabine do maquinista. O repórter aqui também fez soar o apito para a saída da composição do ponto de partida do passeio!

Bairro

O restaurador e diretor de projeto do instituto, Júlio Moraes, adianta que há planos para a construção de estações temáticas ao longo da estrada para enriquecer o passeio e ampliar o alcance do processo de musealização em curso atualmente no local, chegando ao conceito que ele chama de ecomuseu. "A estação natureza abordará o meio ambiente da região, como era e como está hoje, sua característica geográfica, botânica etc. Uma outra vai se chamar ecologia e tratará da preservação do meio ambiente. E uma terceira sobre tecnologia, que desenvolverá a questão do convívio entre máquina e ambiente, o que foi no passado e o que pode ser no futuro", explica.

Moraes chama a atenção para a importância do envolvimento da comunidade no projeto - cerca de 70% dos 30 voluntários hoje são do próprio bairro - e a conscientização de que aquele é importante para o desenvolvimento de Perus. Conforme o Atlas do Trabalho de Desenvolvimento da Cidade de São Paulo, levantamento publicado em 2007, o bairro apresenta o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 0,772, considerado médio, aparecendo em 83º lugar na lista de bairros da capital paulista em um total de 96 distritos. O índice leva em conta riqueza, alfabetização, educação, esperança de vida e natalidade.

O presidente da IFPPC enxerga na retomada da ferrovia apossibilidade de transformar o bairro. "É um local estereotipado, marcado pelo pó de cimento, a poluição, a vala comum da época da ditadura, o lixão", analisa. "Entendo que o projeto pode dar outro caráter para Perus, levar pessoas de outras localidades para lá, gerar empregos e renda", acrescentou Rodrigues. Nascido em Brasília, ele mora em Perus desde meados da década de 1980.

terça-feira, 7 de junho de 2011

PATRIMÔNIO TOMBADO – COOTRAFER convida comunidade e imprensa a participarem da inauguração da LITORINA 001

03/06/2011 - Rondônia Ao Vivo

Na manhã desta sexta-feira (03) o Presidente da COOTRAFER (Cooperativa dos Trabalhadores no Ramo Ferroviário), Paulo, visitou a redação do jornal eletrônico Rondoniaovivo.com e informou que a Litorina 001 irá ser ativada a partir das 16h00 de hoje no complexo Madeira Mamoré.

“ A inauguração da Litorina 001 é o primeiro passo para a revitalização de nossa história”, disse Paulo. O evento contara com a participação dos antigos ferroviários da Estrada de Ferro Madeira Mamoré.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Trem do Forró, em Recife, faz sua primeira viagem no fim de semana

01/06/2011 - Jornal de Turismo

O Trem do Forró, que tem o apoio da Secretaria de Turismo do Recife e completa 21 anos, faz a sua primeira viagem de 2011 no próximo sábado. Este ano, serão sete viagens nos finais de semana de junho nos dias 11, 12, 18, 19, 25 e 26. A saída acontece às 16h do bar Catamarã, no bairro de São José, rumo ao Cabo de Santo Agostinho. Os ingressos custam R$ 70 para o dia 11 e R$ 80 para as demais saídas.

São dez vagões que levam, cada um, até cem pessoas. Há serviço de bar e um trio de forró pé de serra. No Cabo, os passageiros podem conferir uma quadrilha junina e uma vila matuta montada ao lado da estação ferroviária central. Há também barracas de comidas típicas, venda de artesanato e um palco com apresentações culturais.

Mais informações no site www.tremdoforro.com.br