quinta-feira, 28 de junho de 2012

Recuperação da EF Perus-Pirapora será concluída em 2013

19/06/2012 - O Estado de São Paulo

São Paulo deveria ter, desde 2003, um museu a céu aberto de cerca de 15 km de extensão, com estações temáticas tratando de história, cultura e meio ambiente que seriam percorridas dentro de locomotivas e vagões de mais de 100 anos. Essa seria a Estrada de Ferro Perus-Pirapora, tombada na década de 1980 e cuja recuperação começou em 2001. Sem ajuda do poder público, voluntários estão reformando a linha. Metade dela deverá estar operando no ano que vem.

1. Qual é a história da estrada de ferro?

Projetada no começo do século 20 para transportar calcário de Cajamar até Perus, onde funcionava a primeira fábrica de cimento do Brasil, a Estrada de Ferro Perus-Pirapora estava abandonada desde 1983, quando foi desativada. Ela foi a última ferrovia de trens leves a ser desativada no País - por isso, acumulou locomotivas e vagões históricos das outras linhas férreas que deixavam de funcionar.

2. Por que a ferrovia foi desativada?

Por causa do fechamento da usina de cimento Portland. Em 1987, a ferrovia foi tombada pelo governo estadual, mas permaneceu abandonada.

3.De quem é a ferrovia?

É de propriedade particular. Na época do tombamento, ficou combinado que apenas 15 km dos 21 km originais seriam tombados. A parte que ficou sem proteção, majoritariamente em área urbana, podia ser explorada comercialmente pelo dono. O resto foi cedido em comodato para o Instituto de Ferrovias e Preservação do Patrimônio Cultural (IFPPC) em 2001.

4. O que será feito dela?

Naquele ano, começou o trabalho de restauração dos trilhos e das locomotivas. A intenção era que, ainda em 2003, os 15 km estivessem operando parcialmente. Seis estações temáticas - cada uma voltada a assuntos como meio ambiente, cultura e história regional, por exemplo - mostrariam aos passageiros aspectos da Mata Atlântica e do Cerrado da região e como ocorreu o povoamento da primeira região com mineração de ouro no Brasil, ainda no século 16. Os passeios seriam feitos em locomotivas do fim do século 19 e do início do 20.

5. Como está o projeto hoje?

Segundo o presidente do IPCC, Júlio Moraes, uma mudança na gestão do instituto está fazendo com que as obras caminhem mais rapidamente - o aumento nos patrocínios de empresa também ajuda. A ideia é que, até o ano que vem, metade já esteja funcionando. Um pequeno trecho de 3 km está aberto à visitação todo domingo, ainda em caráter de teste. Mais informações podem ser obtidas pelo (11) 2885-2837.

sábado, 2 de junho de 2012

Reunião apresenta detalhes do projeto Trem dos Mares

29/05/2012

O objetivo do encontro foi apresentar detalhes do projeto aos representantes da MRS, para que seja analisado e posto em prática o mais breve.

Por Costa Verde

O projeto "Trem dos Mares da Costa Verde" está prestes a ser iniciado. Foram acertados novos detalhes para colocar em prática o programa que oferecerá na viagem temática de trem, que sairá da Estação de Itacuruçá com destino à Praia do Sahy. Os passageiros poderão ver e vivenciar elementos históricos, como as ruínas do Sahy - que guardam em suas construções a lendária trajetória do tráfico negreiro -, além dos pontos turísticos, culturais e históricos presentes nos 180 anos de história de Mangaratiba.

O trajeto ainda brinda os participantes com obras de arte à beira-mar, permitindo inclusive a visualização da Ilha Grande e a Ilha da Marambaia, emolduradas pelas muralhas da Serra do Mar.

Na semana passada, um encontro entre os setores envolvidos no projeto cumpriu mais uma etapa do cronograma previsto. Compareceram o secretário de Turismo de Mangaratiba, Francisco Ramalho; o subsecretário de Transportes do Estado, Delmo Pinho; Sérgio Carrato e Gustavo Gambin, respectivamente gerente geral e assessor da presidência da empresa MRS Logística (que detém a concessão da linha férrea); e o presidente da Associação Fluminense de Preservação Ferroviária, Antônio Pastori.

O objetivo do encontro foi apresentar detalhes do projeto aos representantes da MRS, para que seja analisado e posto em prática o mais breve. Possíveis locais de retornos, de paradas, manobras, desvios e instalações do trem foram assuntos em pauta.

Francisco Ramalho disse que houve uma ótima receptividade por parte da MRS.

- Não houve qualquer empecilho para que o trem turístico venha a funcionar, o que a MRS quer é estudar o projeto e traçar estratégias para que tudo corra com perfeição. Uma coisa é transportar cargas e outra é transportar pessoas. Todas as precauções com cuidados e segurança devem ser tomadas para que tudo corra conforme planejado. A empresa reconhece que no contrato de concessão existem duas passagens diárias para trem de passageiros. Eles estão sendo parceiros do projeto - afirmou o secretário.

A próxima etapa do programa é concluir a conversa com a MRS para dar início ao projeto.

Fonte: Diário do Vale