terça-feira, 31 de julho de 2012

Estrada de Ferro Madeira-Mamoré pode renascer após 40 anos

23/07/2012 - Valor Econômico

Ao completar 100 anos, a lendária Estrada de Ferro Madeira-Mamoré ressurge das cinzas como centro de uma polêmica que envolve o futuro do desenvolvimento econômico e da biodiversidade na isolada fronteira de Rondônia com a Bolívia. A questão concentra-se no município de Guajará-Mirim, a 331 km de Porto Velho (RO), onde os antigos trilhos foram engolidos pela mata desde a sua completa desativação há 40 anos, e 93% do território está dentro de parques, terras indígenas e outras áreas protegidas que restringem atividades produtivas, como o agronegócio que movimenta a economia no restante do Estado. 

No cenário de estagnação, o projeto de reativar um trecho da chamada “Ferrovia do Diabo” para fins turísticos é defendido por lideranças empresariais, políticas, sindicais e da sociedade civil, na esperança de se recuperar pelo menos em parte o prestígio do passado, quando o lugar funcionava como entreposto da borracha e madeira transportadas pelos rios amazônicos para exportação via oceano Atlântico. 

“Somos conhecidos como “município verde”, mas em que medida isso de fato nos tem beneficiado?”, pergunta o prefeito Atalibio Pegorini (PR-RO). Sem incentivos no lado do Brasil, produtos florestais são hoje mandados para beneficiamento na Bolívia e de lá seguem para exportação – caminho inverso do que se imaginava no começo do século XX a partir da antiga ferrovia. O turismo e sua cadeia de serviços teria o potencial de mudar a atual realidade no longo prazo. “Reativar os trens é mais do que uma questão econômica, mas de resgate cultural, identidade e autoestima”, completa o prefeito. 

“No aspecto ambiental, o projeto contribui para gerar renda e para a maior valorização da floresta e outros atrativos naturais, com menor risco de degradação por atividades de impacto danoso, como a criação de gado fora dos padrões sustentáveis”, argumenta o empresário Dayan Saldanha, integrante do movimento local que pretende dar um novo rumo a esse pedaço da Amazônia que escapou da destruição. 

A celebração do centenário da primeira viagem oficial de passageiros na antiga linha férrea, dia 1º de agosto, acende o debate. Além de um abaixo assinado que circula na cidade para envio à Presidência da República, a Assembleia Legislativa de Rondônia iniciou uma campanha para a estrada de ferro ganhar da Unesco o título de Patrimônio da Humanidade, o que resultaria em maior visibilidade e, possivelmente, mais investimentos. 

No curto prazo, o objetivo é incluir a revitalização de 27 km de trilhos em Guajará- Mirim, ao custo de R$ 30 milhões, na lista das compensações obrigatórias pelos impactos da Usina Hidrelétrica de Jirau. Estudo de viabilidade encomendado à Associação Brasileira de Preservação Ferroviária mostrou que o negócio pode ser viável se a recuperação dos trilhos ocorrer em diferentes etapas. A Energia Sustentável do Brasil, concessionária responsável pela usina, alega que o projeto não se justifica economicamente e que o município não dispõe de recursos para efetuar as desapropriações para a retirada dos moradores que invadiram a faixa de domínio da ferrovia. 

O licenciamento da hidrelétrica previa inicialmente a reativação de outro trecho da ferrovia, no município de Nova Mutum. Mas a obra também foi considerada inviável e engavetada – apenas um museu será construído na região. 

“Em substituição ao item não executado, recomendamos a reforma dos trilhos em Guajará Mirim”, afirma Beto Bertagna, superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em Rondônia. O assunto está agora no Ministério Público Federal. “É preciso achar uma solução econômica”, defende Basílio Leandro, secretário estadual de Turismo, informando que o governo tomou empréstimo de R$ 28 milhões junto ao BNDES, grande parte a ser repassada para Guajará-Mirim. A antiga estação de trem da cidade foi recentemente reformada com recursos estaduais e da Caixa Econômica Federal, mas falta a recuperação das duas locomotivas históricas. 

Em contraste com a riqueza do passado, a pobreza atinge vilarejos ao longo dos trilhos abandonados. No Distrito do Iata, chama atenção a estrutura faraônica de um hotel-escola inacabado por irregularidades nas verbas da Universidade Federal de Rondônia. A localidade, ex-celeiro agrícola que tinha a produção escoada pela Madeira-Mamoré, é hoje reduto de “órfãos da borracha”. 

O lavrador Hamilton Lázaro limpa com a foice o mato que cobre a ferrovia, para conseguir passar de bicicleta. Ele migrou de São Paulo para aventurar-se nos garimpos e encontrou próximo àqueles trilhos um refúgio. “A retomada das locomotivas só ocorrerá se realizada pela hidrelétrica, não pelo governo”, ressalta Lázaro, sem acreditar nas promessas de ano eleitoral. 

No rio Mamoré, é intenso o fluxo de barcos para a cidade gêmea de Guayaramerin, no lado boliviano, zona de livre comércio. A construção de uma ponte de R$ 300 milhões para a ligação com o oceano Pacífico foi adiada pelo governo brasileiro. À beira daquele rio repleto de corredeiras, o povoado boliviano de Cachuela Esperanza guarda os resquícios do império econômico erguido no começo do século XX pelo empresário Nicola Suarez, herói nacional conhecido como “rey de la goma”. Além de casarios em ruínas ocupados hoje por famílias sem-teto, o lugar preserva antigos galpões que estocavam a borracha antes de atravessar o rio para embarcar na Madeira-Mamoré rumo ao exterior. 

A imponência do teatro General Pando, frequentado à época por artistas internacionais, reflete o poderio do lugar. “A esperança agora é a construção de uma nova hidrelétrica já acordada entre Brasil e Bolívia”, afirma Eufronio Gonzales, 97 anos, ex-piloto de barco do visionário Suarez. 

A região na fronteira entre os dois países caiu no esquecimento, mas conservou estoques naturais. “O isolamento gera oportunidades, como o ecoturismo, que poderá expandir-se com a ferrovia reativada”, destaca o escritor e empresário Paulo Saldanha, proprietário de um hotel de selva próximo a Guajará-Mirim com vista para o encontro da água negra do rio Pacáas Novos com a marrom do Mamoré. Sem a valorização da floresta conservada em pé, proliferam-se ameaças como as que rondam a Reserva Extrativista do rio Ouro Preto. 

A área foi criada na década de 1990 para abrigar as famílias descendentes dos chamados “soldados da borracha”, na maioria migrantes nordestinos que fugiram da seca para trabalhar nos seringais. “Hoje o lugar é disputado por criadores de gado e búfalo, com risco de impactos ambientais”, alerta Samuel Nienow, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio).

    

Costa Verde pode ganhar trem turístico até fim do ano

29/07/2012 - O Globo

Mangaratiba, na Costa Verde, deve ganhar até o fim do ano um trem turístico ligando os distritos de Itacuruçá e Santo Antônio. Empresa que explora a linha Curitiba-Paranaguá, no Paraná, a Serra Verde Express já demonstrou a viabilidade de começar a operar o sistema num prazo de 150 dias. Uma composição do modelo litorina, de cabine única com capacidade para 80 pessoas, percorreria o trajeto de 18 quilômetros, em linha férrea já existente, em cerca de uma hora, apenas nos fins de semana e feriados. As tarifas devem variar de R$ 50 a R$ 200. A concessionária de transporte ferroviário MRS Logística emprestaria o seu ramal ao projeto. Hoje, a MRS opera trens de carga no trecho. Por força do contrato de concessão, a companhia não pode operar o transporte de passageiros. Mas por e-mail, a concessionária informou ao GLOBO que está, "juntamente com o estado e o município, buscando formas de viabilizar o projeto na região". 

A perspectiva é que a viagem inaugural ocorra em outubro, já com a anuência da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Assessor da Secretaria estadual de Transportes e especialista em ferrovias, Antônio Pastori explica que o projeto está bem encaminhado: 

- Hoje, no Estado do Rio só temos o Corcovado como trem turístico, que leva cerca 800 mil passageiros por ano. Este seria o segundo, daí a enorme importância deste projeto. 

Secretário de Assuntos Estratégicos de Mangaratiba, Francisco Ramalho, ressalta que a ideia é desenvolver um plano integrado de turismo, ligando mar e montanha: 

- Este plano está na mesa há 23 anos. Mais uma empresa vai se instalar em Mangaratiba, trazendo empregos e alavancando o turismo sustentável. 

    

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Estrada de Ferro Madeira-Mamoré renasce após 40 anos

23/07/2012 - Valor Econômico

Ao completar 100 anos, a lendária Estrada de Ferro Madeira-Mamoré ressurge das cinzas como centro de uma polêmica que envolve o futuro do desenvolvimento econômico e da biodiversidade na isolada fronteira de Rondônia com a Bolívia. A questão concentra-se no município de Guajará-Mirim, a 331 km de Porto Velho (RO), onde os antigos trilhos foram engolidos pela mata desde a sua completa desativação há 40 anos, e 93% do território está dentro de parques, terras indígenas e outras áreas protegidas que restringem atividades produtivas, como o agronegócio que movimenta a economia no restante do Estado.

No cenário de estagnação, o projeto de reativar um trecho da chamada "Ferrovia do Diabo" para fins turísticos é defendido por lideranças empresariais, políticas, sindicais e da sociedade civil, na esperança de se recuperar pelo menos em parte o prestígio do passado, quando o lugar funcionava como entreposto da borracha e madeira transportadas pelos rios amazônicos para exportação via oceano Atlântico.

"Somos conhecidos como 'município verde', mas em que medida isso de fato nos tem beneficiado?", pergunta o prefeito Atalibio Pegorini (PR-RO). Sem incentivos no lado do Brasil, produtos florestais são hoje mandados para beneficiamento na Bolívia e de lá seguem para exportação - caminho inverso do que se imaginava no começo do século XX a partir da antiga ferrovia. O turismo e sua cadeia de serviços teria o potencial de mudar a atual realidade no longo prazo. "Reativar os trens é mais do que uma questão econômica, mas de resgate cultural, identidade e autoestima", completa o prefeito.

"No aspecto ambiental, o projeto contribui para gerar renda e para a maior valorização da floresta e outros atrativos naturais, com menor risco de degradação por atividades de impacto danoso, como a criação de gado fora dos padrões sustentáveis", argumenta o empresário Dayan Saldanha, integrante do movimento local que pretende dar um novo rumo a esse pedaço da Amazônia que escapou da destruição.

A celebração do centenário da primeira viagem oficial de passageiros na antiga linha férrea, dia 1º de agosto, acende o debate. Além de um abaixo assinado que circula na cidade para envio à Presidência da República, a Assembleia Legislativa de Rondônia iniciou uma campanha para a estrada de ferro ganhar da Unesco o título de Patrimônio da Humanidade, o que resultaria em maior visibilidade e, possivelmente, mais investimentos.

No curto prazo, o objetivo é incluir a revitalização de 27 km de trilhos em Guajará- Mirim, ao custo de R$ 30 milhões, na lista das compensações obrigatórias pelos impactos da Usina Hidrelétrica de Jirau. Estudo de viabilidade encomendado à Associação Brasileira de Preservação Ferroviária mostrou que o negócio pode ser viável se a recuperação dos trilhos ocorrer em diferentes etapas. A Energia Sustentável do Brasil, concessionária responsável pela usina, alega que o projeto não se justifica economicamente e que o município não dispõe de recursos para efetuar as desapropriações para a retirada dos moradores que invadiram a faixa de domínio da ferrovia.

O licenciamento da hidrelétrica previa inicialmente a reativação de outro trecho da ferrovia, no município de Nova Mutum. Mas a obra também foi considerada inviável e engavetada - apenas um museu será construído na região.

"Em substituição ao item não executado, recomendamos a reforma dos trilhos em Guajará Mirim", afirma Beto Bertagna, superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em Rondônia. O assunto está agora no Ministério Público Federal. "É preciso achar uma solução econômica", defende Basílio Leandro, secretário estadual de Turismo, informando que o governo tomou empréstimo de R$ 28 milhões junto ao BNDES, grande parte a ser repassada para Guajará-Mirim. A antiga estação de trem da cidade foi recentemente reformada com recursos estaduais e da Caixa Econômica Federal, mas falta a recuperação das duas locomotivas históricas.

Em contraste com a riqueza do passado, a pobreza atinge vilarejos ao longo dos trilhos abandonados. No Distrito do Iata, chama atenção a estrutura faraônica de um hotel-escola inacabado por irregularidades nas verbas da Universidade Federal de Rondônia. A localidade, ex-celeiro agrícola que tinha a produção escoada pela Madeira-Mamoré, é hoje reduto de "órfãos da borracha".

O lavrador Hamilton Lázaro limpa com a foice o mato que cobre a ferrovia, para conseguir passar de bicicleta. Ele migrou de São Paulo para aventurar-se nos garimpos e encontrou próximo àqueles trilhos um refúgio. "A retomada das locomotivas só ocorrerá se realizada pela hidrelétrica, não pelo governo", ressalta Lázaro, sem acreditar nas promessas de ano eleitoral.

No rio Mamoré, é intenso o fluxo de barcos para a cidade gêmea de Guayaramerin, no lado boliviano, zona de livre comércio. A construção de uma ponte de R$ 300 milhões para a ligação com o oceano Pacífico foi adiada pelo governo brasileiro. À beira daquele rio repleto de corredeiras, o povoado boliviano de Cachuela Esperanza guarda os resquícios do império econômico erguido no começo do século XX pelo empresário Nicola Suarez, herói nacional conhecido como "rey de la goma". Além de casarios em ruínas ocupados hoje por famílias sem-teto, o lugar preserva antigos galpões que estocavam a borracha antes de atravessar o rio para embarcar na Madeira-Mamoré rumo ao exterior.

A imponência do teatro General Pando, frequentado à época por artistas internacionais, reflete o poderio do lugar. "A esperança agora é a construção de uma nova hidrelétrica já acordada entre Brasil e Bolívia", afirma Eufronio Gonzales, 97 anos, ex-piloto de barco do visionário Suarez.

A região na fronteira entre os dois países caiu no esquecimento, mas conservou estoques naturais. "O isolamento gera oportunidades, como o ecoturismo, que poderá expandir-se com a ferrovia reativada", destaca o escritor e empresário Paulo Saldanha, proprietário de um hotel de selva próximo a Guajará-Mirim com vista para o encontro da água negra do rio Pacáas Novos com a marrom do Mamoré. Sem a valorização da floresta conservada em pé, proliferam-se ameaças como as que rondam a Reserva Extrativista do rio Ouro Preto.

A área foi criada na década de 1990 para abrigar as famílias descendentes dos chamados "soldados da borracha", na maioria migrantes nordestinos que fugiram da seca para trabalhar nos seringais. "Hoje o lugar é disputado por criadores de gado e búfalo, com risco de impactos ambientais", alerta Samuel Nienow, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio).

Leia também:

Recuperação da Madeira-Mamoré exigirá desapropriações

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Passeio para julho: trem de São João Del Rei

13/07/2012 - Band

Maria-Fumaça percorre trajeto de 12 quilômetros recheados de belezas. Maria-Fumaça fará 46 viagens extras em julho

Por Pedro Vilela/Futura Press

Os turistas que querem visitar São João Del Rei e Tiradentes nas férias de julho tem novas possibilidades de horários para viajar pelos trilhos do trem histórico, que liga as duas cidades históricas mineiras.

A Maria-Fumaça, que circula normalmente de sexta a domingo, também terá horários às terças, quartas e quintas-feiras. Ao todo são 46 viagens extras para esta época do ano.

Durante o passeio, o trem percorre um trajeto de 12 quilômetros e passa por uma diversidade de paisagens naturais, que ficam ainda mais bonitas com construções que preservam a arquitetura tradicional do século 19.

Na estação de São João Del Rei, o turista ainda pode visitar o Museu Ferroviário, que traz documentos e equipamentos, além de locomotivas de vários períodos da história.

Fonte: Da Redação com BandNews 
 

Ouro Preto nos trilhos

10/07/2012 - Jornal Estado Atual

Trem da Vale terá viagens extras e atrações culturais nas férias de julho

O Trem da Vale, que faz o passeio turístico entre Mariana e Ouro Preto, vai ter 20 viagens extras durante o mês de julho. Algumas viagens também vão contar com apresentações musicais dentro do trem. As atividades especiais acontecem na segunda quinzena, quando o volume de visitantes nas cidades históricas aumenta em razão das férias escolares. Além das quatro viagens regulares que acontecem nas sextas-feiras, sábados e domingos, o trem vai circular também nas quartas e quintas-feiras da segunda quinzena (dias 18, 19, 25 e 26). Além disso, o trem circulará na segunda-feira, dia 16, em comemoração ao aniversário de 316 anos de Mariana.

Os viajantes poderão apreciar boa música ao vivo nas viagens que acontecem entre os dias 20 e 22 e entre 27 e 29. No repertório jazz, MPB e choro.

O trem tem capacidade para quase 300 lugares. As passagens convencionais custam R$30 para ida e R$ 50 para trajetos de ida e volta. No vagão panorâmico, as viagens de ida custam R$ 50 e ida e volta R$ 80. Estudantes e maiores de 60 que apresentarem documentos pagam meia. Crianças até 5 anos não pagam.

domingo, 8 de julho de 2012

Campanha quer ferrovia Madeira-Mamoré patrimônio da humanidade

06/07/2012 - Rondônia Notícia

Maior patrimônio histórico de Rondônia, a EFMM teve importante intervenção histórica dando origem à cidade de Porto Velho e, durante sua construção, reuniu trabalhadores de aproximadamente 50 nacionalidades.


Ganha corpo em Rondônia a campanha para a pró-candidatura da histórica e centenária ferrovia Madeira-Mamoré, em Porto Velho, como patrimônio da humanidade junto à Unesco [Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura].

Para se concretizar esse objetivo, foram distribuídas em Rondônia, pelo comitê de pró-candidatura da EFMM, fichas de coleta de abaixo-assinados. Quanto mais pessoas assinarem, mais chances o projeto tem de se concretizar.

A indicação pode também ser feita via internet, através do site WWW.efmm100anos.wordpress.com e também pelo http://efmm100anos.files.wordpress.com/2012/06/abaixo-assinado-estrada-de-ferro-madeira-mamorc3a918.pdf  .

Tal campanha ocorre em função dos 100 anos que a histórica ferrovia no interior da Amazônia atinge este ano. Maior patrimônio histórico de Rondônia, a EFMM teve importante intervenção histórica dando origem à cidade de Porto Velho e, durante sua construção, reuniu trabalhadores de aproximadamente 50 nacionalidades.

Segundo o procurador federal junto ao Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional] Ricardo Leite, todas as assinaturas serão encaminhadas à presidência da República e à representação da Unesco no Brasil, para que se atinja o objetivo da campanha.

sábado, 7 de julho de 2012

Técnicos analisam percurso do Trem dos Mares

04/07/2012 - Diário do Vale

O trajeto permite inclusive a visualização da Ilha Grande e a restinga da Marambaia.

Mangaratiba está recebendo nos últimos dias profissionais de engenharia mecânica, produção, comunicação e operadores de viagem da Empresa Serra Verde, para realizarem um levantamento junto aos representantes dos governos do Estado e Municipal, das empresas Helucan e MRS. Eles avaliam as reais possibilidades da implantação do "Trem dos Mares da Costa Verde".

Desde o final de semana, analisam todo o percurso o secretário de Assuntos Estratégicos, Francisco Ramalho, responsável pela elaboração, implantação e implementação do projeto; o empresário Adonai Arruda Filho, proprietário da empresa Serra Verde; Antônio Pastori, da Associação Fluminense de Trens Turísticos e também responsável por Transportes Ferroviários da secretaria Estadual de Transporte; Hélio Rodrigues, responsável pelo Estudo e Logística, também da secretaria Estadual de Transporte; Miriam Bondim, responsável pela parte Cultural e Patrimonial da Fundação Mário Peixoto e Luciano Mendes Santos, da empresa Helucan - especializada em trilhos e ferrovias, e contratada pelo município para acompanhar a implementação do projeto.

Segundo Francisco Ramalho o relatório será entregue a prefeitura ainda nesta semana.

- Esta etapa técnica e logística é primordial. Sabemos que temos um projeto muito importante, que irá valorizar o progresso sustentável do Turismo e Cultura do município - afirmou o secretário.

O projeto "Trem dos Mares da Costa Verde" oferecerá uma viagem temática de trem, que sairá da Estação de Itacuruçá com destino à Praia do Sahy. Os passageiros poderão ver e vivenciar importantes elementos históricos, como as monumentais ruínas do Sahy - que guardam em suas construções a lendária trajetória do tráfico negreiro - além dos pontos turísticos, culturais e históricos presentes nos 180 anos de história de Mangaratiba.