segunda-feira, 30 de maio de 2011

Expresso turístico da CPTM vai chegar até Campos do Jordão, Aparecida e São Roque

29/05/2011 - Folha de São Paulo, revisado por Renato Lobo-Via Trolebus


O Expresso Turístico é um projeto da CPTM para mostrar e divulgar a história das linhas e dos trens os quais impulsionaram a capital e as cidades que fazem parte da malha ferroviária paulista. O mais novo roteiro terá 207 km, e quase sete horas de duração só na ida, e irá ligar a estação da Luz, em São Paulo, a Campos do Jordão, na serra da Mantiqueira.


Quando implantado, o Trem da Montanha será a mais longa linha ferroviária de passageiros do Estado de São Paulo. A linha é uma das três que o governo do estado de São Paulo pretende implantar no projeto. As outras são o Trem dos Romeiros, para Aparecida (180 km de São Paulo), e o Trem do Vinho, para São Roque (66 km da capital).


Atualmente, o projeto já leva turistas ao entorno da Grande São Paulo em três linhas, o mais trajeto mais recente criado com destino à vila de Paranapiacaba (Santo André), a Jundiaí e a Mogi das Cruzes, todas com saídas da estação Luz. As três novos roteiros devem ser implantados ainda este ano, mas o de Campos do Jordão deve ser o mais complexo.

Compartilhando vias

Para sair do papel, o governo precisa de um acordo com a MRS, concessionária privada que opera a malha ferroviária no vale do Paraíba, só com transporte de trens cargueiros. Isso porque a linha da CPTM vai pouco além da Grande São Paulo e seria usada pelo Trem da Montanha até Itaquaquecetuba, de onde passaria à malha da MRS. Dali, o trajeto seguiria pelo vale do Paraíba, alternando cenários urbanos (como São José dos Campos) e bucólicos --antigas fazendas e várzeas do rio Paraíba do Sul. Em Pindamonhangaba, uma troca de veículos: em um pequeno trem elétrico semelhante a um bonde, é feita a subida da serra da Mantiqueira até o Capivari, centro da badalação da estância. A subida da serra --que já existe hoje-- é operada pela Estrada de Ferro Campos do Jordão, ex-empresa federal encampada pela Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos este ano.


Aparecida do Norte

O governo não sabe quanto vão custar as novas linhas. Porém, já sabe que os passeios a Campos do Jordão e Aparecida serão em semanas alternadas e sairão às sextas e o retornarão aos domingos. Hoje, as três linhas do Expresso Turístico saem de manhã e voltam a São Paulo no fim do dia. Em 165 viagens feitas desde 2009, transportaram 25 mil passageiros. O expresso é formado por uma locomotiva a diesel e dois carros de passageiros, fabricados nos anos 1950. 


Trens Regionais

O projeto Trens Regionais também quer levar a CPTM além dos limites da região metropolitana de São Paulo. A ideia é reativar o transporte regular de passageiros da capital para Sorocaba, Santos, Campinas e São José dos Campos.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Trem da Vale completa cinco anos de operação transportando cerca de 350 mil

19/05/2011 - Tribuna Livre

Cerca de 350 mil pessoas transportadas em um percurso histórico que liga cidades centenárias de Minas Gerais. Esse é o saldo dos cinco anos de operação do Programa Trem da Vale, iniciativa da Vale, por meio de sua Fundação, que, desde 5 de maio de 2006, restabelece a ligação ferroviária entre Ouro Preto e Mariana e mantém um amplo programa de educação patrimonial no local.

A comemoração dos cinco anos da iniciativa acontece nesta quinta-feira, dia 5 de maio, às 9h30, na Estação Ouro Preto, com a presença de autoridades dos dois municípios e representantes da Vale, Fundação Vale e Ferrovia Centro-Atlântica (FCA).

Para que o trem voltasse à operação, foram reconstruídos 18,7 quilômetros de ferrovia e recuperadas as quatro estações existentes no percurso, que receberam investimentos de R$ 48,5 milhões.

O Trem da Vale é a primeira grande ação estruturada no campo da Educação Patrimonial do Brasil. Com o projeto, a Fundação Vale promove a inclusão cultural e social de crianças e adolescentes da rede pública de ensino, impulsiona o turismo da região, gerando mais emprego e contribui para a construção da identidade e consolidação de valores com base na cidadania e na educação, por intermédio de um ousado programa de educação patrimonial.

Novidades em 2011

Em fevereiro deste ano, o Trem da Vale ganhou duas novidades. Um vagão panorâmico, criado especialmente para a composição ferroviária, com laterais totalmente cercadas de vidro temperado, ar condicionado e sistema de iluminação diferenciado. Com o novo equipamento, o Trem da Vale passou a ter capacidade para 292 passageiros Além disso, passou a rodar em mais dois horários: duas saídas de Mariana, às 8h30 e 14h; e duas partidas de Ouro Preto, às 10h e 15h30. Além de diversificar o horário dos passeios, a mudança busca aumentar a movimentação entre os turistas das duas cidades.

Estações educativas

As estações principais do Trem da Vale são dotadas de equipamentos e estruturas que promovem atividades de educação e conhecimento a moradores da região.

A Estação de Ouro Preto é um complexo composto pelo antigo casarão que abrigava a estação ferroviária local, por vagões fixos localizados nos arredores do prédio e pela Tenda Cultural da Estação.

Já a Estação de Mariana, também denominada Estação Parque é um complexo composto pela Praça Lúdico-Musical, pela Biblioteca da Estação, pelo antigo casarão que abrigava a estação ferroviária de Mariana e por vagões fixos localizados nos arredores do prédio.

SERVIÇO:

· Tarifa: R$ 22 (um trecho) ou R$ 35 (ida e volta).

· Tarifa Panorâmico: R$ 35,00 (um trecho) ou R$ 60 (ida e volta).

· Horários: sextas, sábados, domingos e feriados, saindo de Ouro Preto às 10h e 15h30 e, de Mariana, às 8h30 e 14h.

· Informações: ou (31) 3551.7705.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Capital do MS terá museu voltado para as histórias da ferrovia

18/05/2011 - MSAqui 

Será um centro de referência para a população, explicou a presidente do Planurb, Marta Martinez.

O Plano de Revitalização do Centro (Lei Complementar n. 161, 2010) propõe, dentre outras melhorias, a reestruturação do Complexo Ferroviário, transformando-o em espaço de lazer e cultura. A Prefeitura de Campo Grande, por intermédio do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Planurb), desenvolveu o Plano Urbanístico de Uso e Ocupação da Esplanada da Rede Ferroviária Federal, que apresenta como uma de suas iniciativas a implantação do “Centro de Referência e Documentação da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil/RFFSA”.

No úktimo dia 12 foi apresentado para o grupo de trabalho o estudo museográfico para o desenvolvimento deste Centro. “O Plano de Revitalização definiu linhas mestras. Agora, estamos desenvolvendo os projetos para a revitalização e ocupação do Complexo Ferroviário. E o Centro de Referência e Documentação da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil/RFFSA vem para ocupar de forma adequada o local. A ideia é que seja muito mais que um museu. Será um centro de referência para a população”, explicou a presidente do Planurb, Marta Martinez.

Com quase oito décadas de funcionamento, o trem foi o grande responsável pelo povoamento não só de Campo Grande, como também de parte da região Centro-Oeste. E para trazer o assunto para os dias atuais, o roteiro de visitação ao Centro de Referência traz um eixo narrativo pautado por textos, imagens, instalações de multimídia, cenografia e exposição de acervo. “O grande diferencial deste museu é o seu foco, centrado no homem e não na locomotiva. Para trazer o contexto da ferrovia aos visitantes, desenvolvemos o senso de espacialidade e o de temporalidade”, detalhou Nivaldo Vitorino, arquiteto responsável pelo desenvolvimento do projeto.

Profissionais da área destacam que o papel de um museu mudou, não é mais algo estático e sim aquilo que apresenta e lança discussão e debate. Finalizado, o local será um centro de memória e reflexão para a comunidade. “A história da ferrovia é algo ainda muito vivo e recente na memória dos campo-grandenses. Acredito ser obrigação do poder público destinar um espaço para contar aquilo que alavancou a história de Mato Grosso do Sul e ligou o Brasil à América Latina”, reforçou Neusa Arashiro, gerente do patrimônio histórico da Fundação de Cultura do Estado.

Na opinião, da superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional de MS (IPHAN/MS), Maria Margareth Escobar Ribas Lima, o Centro de Referência destinado à memória da ferrovia é fundamental para a população compreender a importância desta história para o seu dia-a-dia. Quando iniciada, a obra irá demorar apenas seis meses e o orçamento gira em torno de R$ 2 milhões. A previsão de entrega é junho de 2012.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Artigo: E o Trem da Serra, sai ou não sai?

04/05/2011 - O Globo

*Antonio Pastori é mestre em Economia, ex-gerente do Departamento de Transportes e Logística do BNDES e presidente da Associação Fluminense de Preservação Ferroviária (AFPF)

No último dia 30 de abril, foi comemorado o 157º aniversário da inauguração da primeira ferrovia do Brasil, a Estrada de Ferro Petrópolis, mais conhecida por E. F. Mauá, em homenagem ao seu idealizador, o Barão de Mauá.

O começo das nossas ferrovias integrava vários tipos de modais. O quilômetro zero começava em um pequeno píer em Guia de Pacobaíba, Magé (RJ). Os passageiros chegavam de barco a vapor após a travessia de uma hora pela límpida Baía de Guanabara, partindo do Cais da Prainha (hoje, Praça Mauá, no Centro do Rio). Em seguida, embarcavam no trem para uma viagem de 25 minutos para chegar ao quilômetro 14,5, bem perto da Raiz da Serra de Petrópolis, para onde o imperador, a corte e as elites fugiam do escaldante verão carioca. A etapa seguinte era vencer o paredão de 800 metros entre a Raiz e Petrópolis. Por isso, o deslocamento consumia mais duas horas de subida pela bela, sinuosa e "moderna" Estrada Normal da Serra da Estrela, valendo-se de um terceiro modal, movido à tração animal. Todo esse deslocamento, que combinava três modais, durava 3h30, lembrando que estamos falando da segunda metade do século XIX.

Passados 29 anos da inauguração desse novo modal em terras brasileiras, a viagem foi reduzida para duas horas graças à tecnologia da tração por cremalheira, levando o trem até Petrópolis. Os trens a vapor venciam facilmente paredão da Serra da Estrela em meia hora, permitindo que os passageiros economizassem uma hora e meia no deslocamento total.

Em 1926, com a inauguração da pomposa, mas abandonada, estação da Leopoldina Railway na Av. Francisco Bicalho, na região central do Rio, os passageiros iam direto até Petrópolis com uma rápida baldeação na Raiz da Serra, fazendo o percurso de 55 quilômetros em 1h45m com extrema pontualidade e segurança, sendo a travessia de barca erroneamente abandonada.

"O modal ferroviário não vai resolver esse problema, é verdade, mas pode ajudar a minimizar, disciplinar e ordenar o espaço urbano, além de poluir bem menos. As autoridades deveriam olhar com mais atenção alternativas de combinação eficiente de modais para escapar das custosas armadilhas urbanas das grandes obras viárias."

Infelizmente, em 1964 o trecho ferroviário de seis quilômentros entre Raiz da Serra-Petrópolis foi erradicado (a exemplo de milhares de outros). A viagem até o centro do Rio passou a ser feita exclusivamente por via rodoviária, durando entre uma hora (automóvel) e 1h30 (ônibus). Contudo, aos poucos veio surgindo o alongamento do tempo da viagem devido ao engrossamento do fluxo de veículos nesse eixo, implicando que o deslocamento durasse, seguramente, mais de duas horas nos horários de pico, extrapolando conforme o dia ou o tipo de contumaz acidente na BR-040.

Quer como espectadores, quer como personagens, a verdade é que não dá mais para ficarmos reféns do modal rodoviário, compactuando silenciosamente com o massacre diário de 160 vítimas fatais no trânsito , o que equivale à queda de um Airbus todo dia. O modal ferroviário não vai resolver esse problema, é verdade, mas pode ajudar a minimizar, disciplinar e ordenar o espaço urbano, além de poluir bem menos. As autoridades deveriam olhar com mais atenção alternativas de combinação eficiente de modais para escapar das custosas armadilhas urbanas das grandes obras viárias. Um exemplo: para se restabelecer a ligação ferroviária Rio-Petrópolis - superada a complexa liturgia licitatória de praxe -, precisamos somente reinstalar seis quilômetros de trilhos no antigo leito na serra, pôr para rodar alguns modernos trens elétricos e fazer ajustes operacionais com a Supervia, que detém o direito de uso dos 49 quilômetros restantes, entre Raiz da Serra e o Centro do Rio. A previsão é que a viagem poderia ser feita em 1h30m, praticamente o mesmo tempo na época do vapor. Detalhe: isso tudo custa somente 0,2% do Trem de Alta Velocidade (TAV).

Estamos há mais de cinco anos lutando pela reativação dessa ferrovia. Até o governador Sérgio Cabral sensibilizou-se com esse projeto sancionando a Lei 5.791/10, que considera a reativação do trem Rio-Petrópolis como de relevante interesse econômico e turístico para o nosso estado. Contudo, os leitores não imaginam como está sendo difícil tentar instalar uns míseros seis quilômetros de trilhos na Serra. Por isso, morro de inveja de Mauá, que há mais de 150 anos, sem nenhuma ajuda do governo, instalou os primeiros quilômetros de trilhos do Brasil por sua conta e risco.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Prefeitura inicia trabalhos para organizar museu de Estrada de Ferro (Porto Velho)

03/05/11 - Sinfer

Os galpões, as locomotivas, os trilhos e tudo o que se refere à EFMM já são uma exposição permanente

A prefeitura de Porto Velho iniciou trabalhos que visam organizar o museu da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. Estudos nesse sentido estão sendo feitos pela museóloga Daniela Camargo, que veio do Rio de Janeiro. Ela foi contratada pela empresa Santo Antônio Energia, que firmou parceria com o Município e o Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) para restauração de todo complexo da EFMM, como parte das compensações.

Daniela já conheceu todo trecho da EFMM até a comunidade de Santo Antônio e na tarde de sexta feira (29), na companhia da vice-presidente da Fundação Cultural Iaripuna, Berenice Simão e da historiadora Yeda Borzacov, visitou o galpão onde está guardado parte do acervo, as peças móveis do museu. Nesta segunda feira (2 de maio) a museóloga irá até a sede da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer do Estado (Secel) para se inteirar de todos os documentos sobre a lendária ferrovia que se encontram guardados ali.

Nessa primeira fase de conhecimento, estudos e análises, Daniela e a sócia Mariana Santana permanecerão na Capital de Rondônia até a próxima quinta feira (5). “Nossa primeira missão é conhecer todo acervo – documentos, fotos e objetos”, disse Daniela. Ela acredita que levará no mínimo seis meses para concluir o projeto. “Meu trabalho é rechear o museu de informações para o público, sendo cuidadosamente avaliado o local de cada peça e a sua importância”, completou.

Antes, porém, de acordo com a museóloga, é necessário avaliar os critérios de conservação de cada peça do acervo e quais precisam ser restauradas. “Documentos e fotos também precisam passar por esse processo para deixá-los em condições de exposição ao público”, afirmou. Daniela disse ainda ter ficado “encantada” com a riqueza do acervo e seu valor histórico para Rondônia, o Brasil e o Mundo. “Isso aqui é maravilhoso”, enfatizou.

Conforme Berenice Simão, todo complexo da EFMM é um grande museu a céu aberto, mas as peças móveis para visitação pública serão expostas no galpão da rotunda, após a sua restauração. “Será um museu de grande porte, um dos maiores do Brasil, e que terá repercussão internacional. Esse patrimônio revitalizado vai refletir na história do mundo”, comentou.

Berenice declarou que o objetivo do prefeito Roberto Sobrinho é devolver para a comunidade um patrimônio que marca o início da construção da cidade de Porto Velho e da história de Rondônia. “Sua importância é de valor incalculável, pois estaremos resgatando a memória do desenvolvimento da região, de tudo o que foi danificado e as dificuldades na sua construção, com a perda de muitas vidas”, acrescentou Berenice.

Ela também informou que os próprios galpões, as locomotivas, os trilhos e tudo o que se refere à EFMM já são uma exposição permanente, uma demonstração viva da cultura e da história do povo dessa terra.

Yeeda Borzacov acompanhou a visita como convidada da Fundação Iaripuna e representante da sociedade civil e colaboradores da revitalização do complexo EFMM. Ela foi a primeira gestora do museu da ferrovia, ainda no Regime Militar, é escritora e tem um grande acervo de registros publicados sobre o museu, além de ter arquivos particulares de sua experiência como funcionária pública nas secretarias de Estado e do Município, os quais já afirmou que vai colocar a disposição da prefeitura. A fundação cultural quer organizar o museu da EFMM com uma ampla participação popular e principalmente daqueles que participaram de gestões anteriores e querem colaborar com a revitalização.

Trem da Vale (MG) celebra 5 anos e 350 mil passageiros

04/05/2011 - Panrotas

Em cinco anos, o Trem da Vale transportou cerca de 350 mil pessoas, em um percurso que liga cidades centenárias de Minas Gerais: Marina e Ouro Preto.

A comemoração dos cinco anos da iniciativa acontece amanhã (quinta-feira, dia 5), às 9h30, na EstaçãoOuro Preto, com a presença de autoridades dos dois municípios e representantes da Vale, Fundação Vale e Ferrovia Centro-Atlântica (FCA).

Para que o trem voltasse à operação, foram reconstruídos 18,7 quilômetros de ferrovia e recuperadas as quatro estações existentes no percurso, que receberam investimentos de R$ 48,5 milhões.

Em fevereiro deste ano, o Trem da Vale passou a rodar