segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

ANTT autoriza operação do Trem do Livramento, no RS

18/12/2014 - ANTT

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou, hoje (18/10), a operação do Trem do Livramento, passeio realizado em comemoração aos 104 anos da estação de Santana do Livramento, no estado do Rio Grande do Sul. O transporte será realizado, apenas, no dia 19/12, às 11h e às 16h, num trecho de aproximadamente 21 quilômetros que liga Livramento a Palomas/RS. A prestação do serviço está a cargo da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária Regional de Santa Catarina (ABPF/SC) e da América Latina Logística Malha Sul S/A (ALL MS), responsável pela malha.

A fim de garantir a segurança no passeio, a circulação deverá respeitar a velocidade máxima de 20 km/h e os responsáveis deverão providenciar seguranças motorizados em número suficiente para sinalizar as Passagens de Nível (PN) durante a circulação do trem em todo o trecho.

A ALL MS e a ABPF/SC ficam submetidas às normas e aos regulamentos do transporte ferroviário de passageiros e à Resolução nº 359/2003.

Museu do Trem reabre as portas nesta segunda-feira

22/12/2014 - Ne10

Com a abertura do museu, a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) conclui a primeira etapa da Estação da Cultura Capiba

Desde 2010, a cidade do Recife aguarda a reabertura do Museu do Trem na antiga Estação Central, no bairro de São José. Que a espera foi longa, ninguém duvida. O centro cultural só será inaugurado às 18h desta segunda-feira (22). Mas, visitando o prédio, pode-se dizer que, apesar da demora, valeu a pena. O acervo do museu, antes confinado numa sala, está distribuído pelos dois pavimentos da edificação secular.

Uma chaminé de caldeira, no hall central, é a peça de destaque do andar térreo. "É um ícone da memória do trem", justifica o museólogo e curador da exposição, Aluizio Câmara. No passeio pelo museu, o visitante vai contemplar uma infinidade de objetos que contam a história dos trilhos e das locomotivas.

Sinos, faróis, um pedaço de trilho que atendia os engenhos onde se processavam cana-de-açúcar de Pernambuco no século 19, louça e prataria dos vagões-restaurantes, ferramentas (pá de caldeira, chave de fenda e chave de boca enormes), relógio de ponto, balança, gerador a vapor, aferidor de pressão, bancos e placas compõe o acervo.

Nem mesmo o escafandrista escapou da mostra, com seu capacete de ferro e a lanterna usada na execução de obras de arte de engenharia dentro da água, como a construção de pontes sobre rio, informa Aluizio. O barulho peculiar de um trem a vapor ecoa em todos os ambientes, transportando o visitante para a época da Maria Fumaça.

Numa sala batizada A Máquina, o público ficará sabendo como funcionava um trem movido a vapor, com recursos variados: infográfico na parede explicando os compartimentos de uma locomotiva, vídeo e fotografias. Já a sala didática, diz Aluizio Câmara, foi pensada para se adaptar às necessidades do público.

"Poderemos produzir conteúdos em função das especificidades de cada grupo, como arquitetura de ferro, revolução industrial, problemas de física e matemática", exemplificam o curador e o artista plástico Márcio Almeida, responsável pela reorganização do Museu do Trem, o primeiro inaugurado no Brasil, em 1972. "Precisamos guardar esse legado", destaca Márcio.

Na sala ampla, um vídeo exibe as chegadas e partidas de trens acompanhado por músicas ligadas ao tema (O trem das 7 e O trenzinho do caipira, entre outras). Uma placa de sinalização das estradas de ferro, a famosa Pare, Olhe, Escute, completa o cenário em perfeita harmonia. Aqui, o visitante também verá uma foto rara, que mostra a Ponte Gaiola de Afogados, nos anos 50. Feita de ferro, pela empresa Phoenix, a ponte foi demolida nos anos 70, diz Aluizio.

Outra fotografia registra o primeiro trem de passageiros saindo da Estação de Cinco Pontas (bairro de São José, no Centro do Recife) para a Vila do Cabo, em 9 de fevereiro de 1858. A viagem começou às 12h, conduzindo 400 pessoas. Márcio Almeida observa que a memória ferroviária de Pernambuco encontra-se espalhada pelo Estado inteiro e outras peças podem fazer parte do museu, mais adiante.

"Não estamos plantando uma árvore, mas começando o reflorestamento. O que temos no prédio é só uma síntese", afirma o artista plástico. Para saber mais, basta ir ao Museu do Trem, na Praça Barão de Mauá (ao lado da Casa da Cultura), reformado pela Fundarpe, de terça a sexta-feira, das 9h às 17h, e aos sábados e domingos, das 10h às 17h. A Estação Central foi construída de 1850 a 1856.

domingo, 21 de dezembro de 2014

Trem da Vale entre Ouro Preto e Mariana é ótima opção de passeio nas férias

20/12/2014 - DeFato

A viagem dura cerca de uma hora e passa por vales, túneis, cachoeiras e paredões de pedras, cenários típicos de Minas Gerais

O Trem da Vale, passeio turístico entre as cidades históricas de Ouro Preto e Mariana, vai aumentar os horários disponíveis no final de dezembro e em janeiro para atender o aumento da demanda nas férias escolares. Além dos dias normais de circulação (sexta-feira, sábado e domingo), em cinco quintas-feiras, haverá circulação de um trem partindo de Ouro Preto e outro de Mariana. Os dias de viagem extra são 18 de dezembro e 8, 15, 22 e 29 de janeiro. De 18 de dezembro até 1º de fevereiro serão mais de 96 viagens.

Nas quintas-feiras em que circulará, o trem partirá de Ouro Preto às 10h e de Mariana às 15h. Nas sextas-feiras e sábados, a composição parte de Ouro Preto às 10h e 14h30 e de Mariana às 13h e 16h. Aos domingos são cinco opções: partindo de Ouro Preto às 10h, 13h30 e 16h30 e de Mariana às 11h30 e 15h.

A viagem dura cerca de uma hora e passa por vales, túneis, cachoeiras e paredões de pedras, cenários típicos de Minas Gerais. O trem tem capacidade para quase 300 lugares. As passagens convencionais custam R$40 para ida e R$ 56 para trajetos de ida e volta. No vagão panorâmico, as viagens de ida custam R$ 60 e ida e volta R$ 80. Estudantes e maiores de 60 que apresentarem documentos pagam meia. Crianças até 5 anos não pagam e de 6 a 12 pagam meia. Os bilhetes podem ser adquiridos nas estações ferroviárias de Ouro Preto e Mariana, ou no Centro Cultural e Turístico da FIEMG, na Praça Tiradentes, em Ouro Preto.

Mais informações disponíveis no site www.tremdavale.org ou pelo telefone 31 3551-7705, que também pode ser usado para fazer reservas de quarta a sábado, de 9h às 17h.

Trem da Vale

Com 18 km de extensão, o Trem da Vale ajuda a contar a história e difundir a cultura e belezas naturais da região. Todo o complexo arquitetônico, do qual o Trem faz parte, foi revitalizado em 2006 e abrange duas estações, além de uma completa estrutura de entretenimento. A viagem dura cerca de uma hora e passa por vales, túneis, cachoeiras e paredões de pedras, cenários típicos de Minas Gerais.

Fonte: DeFato Online

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Locomotiva da Madeira-Mamoré é restaurada em Guajará-Mirim, RO

19/12/2014 - O Nortão

Peça é do acervo do Museu Municipal e deve ficar pronta nesta sexta-feira, 19. Iniciativa privada e secretaria firmaram parceria para revitalização.

A locomotiva número 20 exposta na praça do Museu de Guajará-Mirim (RO), distante cerca de 330 quilômetros de Porto Velho, está sendo restaurada até esta sexta-feira (19) os trabalhos serão concluídas. A Maria Fumaça faz parte do acervo do museu que comemora 34 anos no próximo dia 22 de dezembro.

De acordo com a direção do museu, a peça foi recuperada pela última vez quando participou da minissérie da Rede Globo Mad Maria, em 2005, representando a locomotiva número 5. Depois disso, ela sofreu com os efeitos climáticos, a enchente do Rio Mamoré e o descaso. Para a restauração, a Secretaria de Cultura, Esportes e Turismo (Semcet) buscou parcerias com empresários locais que doaram toda a tinta para a pintura e funcionários da prefeitura compõem a mão de obra.

O diretor do museu, Fredson Martins, afirma que a parceria foi fundamental para o resgate do passado da ferrovia e espera que a população cuide do patrimônio. "Estamos revitalizando, com lavagem da peça, raspamos o ferrugem e aplicamos produto antiferrugem. Estamos terminando a pintura, graças a parceria com empresários. A maior preocupação é manter para resgatar nossos valores culturais", alega o diretor .

Quem sabe da importância da locomotiva na história do município e vê a restauração se emociona, é o caso de João Ferreira, de 77 anos, que andou na estrada de ferro com a número 20 e relembra como funcionava. "É importante ser reformada. Ela faz parte da minha história", diz o aposentado.

Também parte do acervo do museu, a Locomotiva 17, que fica exposta no centro da Praça dos Pioneiros será reformada em outra data, após análise de engenheiros. "Precisamos saber se temos o material local para estrutura-la, sem risco de tombar, para poder pintar", afirma Fredson.

A Locomotiva 20 é de 1909 e com base em fotos antigas, ela será restaurada nas mesmas cores como antigamente. No dia do aniversário do museu (22), a Maria Fumaça restaurada será reapresentada para a comunidade.

Fonte: G1 RO/O Nortão Jornal

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Trens turísticos receberão investimentos

14/10/2014 - O Estado de S. Paulo

A sensação de trilhos vibrando sob os pés não é coisa do passado. Os trens turísticos andam em alta no País e, boa notícia, ganharão um belo incentivo nos próximos dois anos.

O projeto Trem é Turismo, parceria do Sebrae com a Associação Brasileira das Operadoras de Trens Turísticos e Culturais (ABOTTC), acaba de ser anunciado e irá investir R$ 4,5 milhões em 20 linhas férreas dedicadas ao lazer em diferentes partes do país.

Serão realizadas dezenas de oficinas e consultorias para impulsionar o potencial turístico dos negócios nas regiões por onde passam os trens. Em outras palavras, a iniciativa pretende melhorar a infraestrutura turística do entorno das ferrovias: cerca de 600 pousadas, hotéis, restaurantes, lojas e artesãos nas imediações dos trens receberão incentivos e assistência para profissionalizar suas atuações.

A ABOTTC estima o fluxo atual em 3 milhões de passageiros nos trens turísticos por ano – o Trem do Corcovado, sozinho, transporta 900 mil ao ano.

Maria-fumaça. Algumas velhas estradas de ferro permanecem em atividade – e não apenas para escoar minérios para os portos. Antigas marias-fumaça e outras composições autênticas estão de vagões abertos para receber turistas em rotas cênicas ou históricas, mesmo em uma malha ferroviária menor do que aquela que existia no País décadas atrás. Nos anos de 1960, o Brasil chegou a ter 37 mil quilômetros de trilhos. Hoje, soma 28 mil quilômetros.

Entre os trechos que receberão atenção do projeto Trem é Turismo estão o Trem do Corcovado, o Trem do Forró, em Pernambuco, e o Trem das Montanhas Capixabas, no Espírito Santo. Além destes, fizemos uma seleção de outras locomotivas que serpenteiam por rotas cheias de graça, em meio a história e natureza, em passeios curtos ou trajetos com várias horas de duração.

À moda italiana

Até o início do século passado, as locomotivas conhecidas como marias-fumaça eram muito usadas para transportar pessoas e carga pelos sinuosos caminhos da Serra Gaúcha. Hoje, o Trem do Vinho, que parte da estação de Bento Gonçalves, é um passeio à moda antiga, com direito a vários clichês.

Antes do embarque, os turistas são recebidos com degustação de queijos da região e vinhos da Vinícola Miolo. O percurso tem apresentações de danças folclóricas e canções gaúchas e italianas. Na parada em Garibaldi, a vinícola que leva o nome da cidade serve o espumante moscatel para um brinde.

Duas horas depois, mais um show de música italiana celebra a chegada a Carlos Barbosa, onde outros passageiros embarcam para fazer o trecho de volta. Passagens desde R$ 77: mfumaca.com.br.

Dois trechos do passado

Na cidade que se acostumou a associar trem com lotação máxima e desconforto, duas rotas turísticas se destacam. Com percurso curto, de apenas 25 minutos, o Trem dos Imigrantes (abpfsp.com.br; R$ 6) é o mais histórico, pois remonta ao passado da estrada de ferro Santos-Jundiaí, operada pela The São Paulo Railway Company.

A bem conservada locomotiva de 1922 opera por 3 quilômetros, entre as estações Mooca e Brás, mesmo caminho por onde imigrantes de mais de 60 nacionalidades chegavam a São Paulo para depois seguir às lavouras do interior do Estado.

Da Estação da Luz parte, aos domingos (exceto no segundo de cada mês), às 8h30, o Expresso Turístico com destino a Paranapiacaba. A vila de arquitetura inglesa que já se candidatou a Patrimônio da Humanidade foi testemunha de uma importante fase de expansão da tecnologia ferroviária no Brasil, na segunda metade do século 19. Com 48 quilômetros de extensão, o trajeto dura 1h30 e é feito em dois carros de aço tracionados por uma locomotiva da década de 1950, totalmente reformada. Paranapiacaba anda sofrendo para preservar seu patrimônio, mas tem ícones como a Torre do Relógio.

O retorno começa às 16h30 – passagem de ida e volta desde R$ 34: oesta.do/expressoturistico.

Clássico mineiro

A estação ferroviária de Ouro Preto, por si só, justifica a visita, mesmo para quem decide não embarcar no Trem da Vale, que liga a cidade mineira à vizinha Mariana, em um percurso curto – porém muito agradável – de 20 quilômetros. O passeio é um clássico da região e interessante imersão no clima do início do século passado.

Na plataforma, a sala de memórias é um minimuseu multimídia que merece atenção: em gravações, moradores antigos recordam como era a vida por ali e contam causos divertidos de juventude e da relação com a ferrovia. "O trem é minha vida, essa maria-fumaça tem de contar muita história", suspira uma mulher.

Apesar do pequeno erro que ela comete – já não é uma maria-fumaça que opera ali, mas uma "maria-elétrica", como brincam os moradores – o vagão com janelas panorâmicas para contemplar a natureza do entorno dos trilhos é mesmo um achado. Com direito a cachoeira bem perto da janela, cuja aproximação é avisada pelo condutor com antecedência suficiente para garantir máquinas fotográficas a postos. Cada trecho custa a partir de R$ 56, nos vagões convencionais, e R$ 80, no panorâmico: tremdavale.org.
Curvas da Serra do Mar

Passeio turístico dos mais bem cotados na capital paranaense, o extenso trecho de trem entre Curitiba e Morretes pela encantadora Serra da Graciosa é uma sequência de suspiros e respiração suspensa.

Os trilhos seguem por 110 quilômetros e, a bordo do Trem da Serra do Mar, o viajante observa curvas e abismos vertiginosos sobre os quais os vagões parecem flutuar.

São 900 metros de desnível ao longo da serra forrada pela Mata Atlântica, com direito a mirantes e cachoeiras cênicas. Durante 3 horas de viagem, o trem atravessa 13 túneis até chegar ao nível do mar. Morretes preserva o casario histórico e a Igreja Matriz.

Os passageiros podem escolher entre vagões simples e luxuosos, com diferentes tipos de serviço, de lanche a um catering de primeira classe com champanhe. Bilhetes só de ida custam a partir de R$ 72. Preços e programação em serraverdeexpress.com.br.

Natureza selvagem

Na maior planície alagável do planeta, voadeiras e o lombo dos animais, especialmente cavalos, costumam ser os meios de transporte mais usados para programas turísticos. Mas o Pantanal, um dos principais destinos de viajantes no Brasil, tem seu trem, que liga os municípios de Aquidauana e Miranda, no Mato Grosso do Sul.

No caminho do Trem do Pantanal, um festival de vida desfila diante das janelas: o voo das araras-azuis e dos tuiuiús; as poses e acrobacias do macacos nas árvores. Formações rochosas de chapadões se sobressaem no horizonte, às vezes bem perto do trem. Como a partida de Aquidauana ocorre todos os sábados, às 13h30, e o retorno é só no domingo, às 10 horas, será preciso pernoitar em Miranda. Na cidade, o ecoturismo é o forte, com passeios como safáris fotográficos e cavalgadas. A culinária à base de peixes de rio e o artesanato feito de barro pelos índios kadiwéus merecem atenção. Cada trecho custa a partir de R$ 90: serraverdeexpress.com.br.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

ANTT autoriza trem turístico entre Ouro Preto e Mariana (MG)

02/10/2014 - ANTT

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou, na última quarta-feira (1º/10), o transporte ferroviário de passageiros, com finalidade turística e cultural, entre as estações de Ouro Preto/MG e Mariana/MG, pelo período de 36 meses. O trem turístico comporta 240 passageiros por viagem.

Operado pela Vale, o trajeto é chamado de "Programa de Educação Patrimonial Trem da Vale" e é voltado para a comunidade e a escolas dos municípios.

O objetivo do percurso é promover atividades sócio-culturais, educacionais  de preservação do patrimônio histórico, ferroviário e natural. De acordo com o pedido da empresa junto à ANTT, "o trecho ferroviário entre as cidades apresenta paisagem e beleza natural singular".

A operação turística começou em 2006. O caminho no qual a locomotiva passa tem extensão de 18 quilômetros e trafega a 25 km/h. O trajeto é executado de quinta a domingo, das 8h às 17h45, de acordo com a demanda. A construção da Estação de Ouro Preto foi iniciada em 1883 e seu prolongamento até Mariana foi concluído em 1914. A ferrovia possibilitou o desenvolvimento econômico da região, no que se refere à industrialização e ao aproveitamento das suas riquezas minerais.

A previsão anual é de 102 mil passageiros. Em 2013, foram 95,291 usuários do serviço. Em 2014, 51.895 turistas viajaram por meio dos vagões ferroviários.

domingo, 28 de setembro de 2014

Projeto prevê a criação de cinco novos trens turísticos no Brasil

28/09/2014 - MT

Com apoio do Ministério do Turismo e Sebrae, a iniciativa também inclui a melhoria de equipamentos já em funcionamento

A Associação Brasileira das Operadoras de Trens Turísticos (ABOTTC) lançou, nesta sexta-feira (26), o projeto "Trem é Turismo", no estande do Ministério do Turismo na 42ª Abav-Expo Internacional de Turismo, em São Paulo. O objetivo é implementar cinco novos trens turísticos nos próximos dois anos, além de fortalecer a governança, promover a atividade no Brasil e melhorar a qualidade dos serviços dos equipamentos já existentes.

A iniciativa conta com o apoio do Sebrae e prevê uma consultoria para microempresários locais como artesãos, guias, pousadas e hotéis. Os participantes também promoverão o intercâmbio de boas práticas, a contratação de uma assessoria de comunicação e a realização de viagens para jornalistas e operadores de turismo.

"A meta é melhorar a qualidade e consequentemente o nível de satisfação dos clientes. Muitos dos nossos trens funcionam em pequenas cidades que vivem em função deles", comentou o presidente da ABOTTC, Adonai Arruda Filho.

O ministro do Turismo, Vinicius Lages, destacou a importância do associativismo e das alianças estratégicas para o fortalecimento do setor. "Entendemos a importância dessa iniciativa e por isso estamos juntos. Contar com a experiência de parceiros como o Sebrae pode fazer a diferença na busca pela excelência na prestação de serviços", afirmou.

Atualmente, existem 2.021 trens turísticos no mundo. Os EUA ocupam a primeira colocação, com 341 equipamentos dessa natureza. O Brasil está na 14ª posição, com 31 trens turísticos, que devem atender 3 milhões de passageiros até o fim de 2014, de acordo com estimativa da associação. O projeto tem como meta aumentar em 15% o movimento nesses equipamentos e registrar um nível de satisfação de 80% entre os viajantes.

Fonte: Ministério do Turismo/Portal Brasil

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Projeto Trem é Turismo será lançado em Bento Gonçalves

14/09/2014 - Bem Paraná

O setor de turismo é um dos setores que mais promove o desenvolvimento justo, mais equitativo e inclusivo social e economicamente.

A ABOTTC – Associação Brasileira das Operadoras de Trens Turísticos e Culturais, o SEBRAE e o Grupo Giordani Turismo lançam no dia 17 de setembro, às 19h30, no Parque Temático Epopéia Italiana, em Bento Gonçalves (RS), o Projeto "Trem é Turismo ", de âmbito nacional, que visa aprimorar o atendimento dos clientes, fortalecer a governança e a cooperação com os pequenos negócios do entorno e realizar a promoção no mercado para ampliar o volume de negócios realizados por esses empreendimentos, através do crescimento de fluxo de turistas e usuários dos trens turísticos e culturais.

Primeiro produto do Grupo Giordani Turismo, o passeio turístico de trem a vapor "Maria Fumaça -- Um retorno ao passado" é uma memorável atração da Serra Gaúcha, na Região Uva e Vinho. Durante o percurso de 23 km entre as cidades de Bento Gonçalves, Garibaldi e Carlos Barbosa, os turistas se encantam com a paisagem da região e se divertem com as atrações culturais. Durante o passeio, há apresentações de um coral típico italiano, com show de tarantela, teatro e repentistas. Em Garibaldi há uma recepção com música gaúcha e italiana, além de degustação de espumante e suco de uva. No destino final, Carlos Barbosa, também acontecem apresentações de música italiana.

Segundo Adonai Arruda Filho, presidente da ABOTTC, " o turismo brasileiro, em todos os segmentos, está vivendo uma década de expressivo crescimento e deverá dobrar de tamanho, tanto em número de turistas estrangeiros quanto no turismo interno, realizado pelos próprios brasileiros. O turismo ferroviário, especialmente, está em pleno crescimento, porém é ainda pouco conhecido por parte dos brasileiros. Este projeto vai aumentar sua visibilidade e dar suporte e capacitação aos micro e pequenos empresários do entorno das estações, que estarão melhor qualificados para atender aos visitantes".

Esse grande crescimento do turismo interno vem sendo ditado pelo crescimento das classes C e D que passam a gastar parte de sua renda em viagens, lazer e entretenimento. Milhões de brasileiros estão sendo incorporados, a cada ano, na clientela dos diversos segmentos de turismo, incluindo os trens turísticos e culturais. Quanto ao desembarque de turistas de outros países, o aumento deverá ser alavancado pela grande exposição que vem gerando os megaeventos que o Brasil tem sediado.

No entanto, essas oportunidades somente serão transformadas em novos patamares de competitividade e de sustentabilidade do turismo brasileiro se forem enfrentados e vencidos alguns desafios importantes relacionados à infraestrutura física, e também se houver uma melhora significativa na gestão das empresas, especialmente as micro e pequenas, que representam mais de 90% do total de estabelecimentos nesse setor.

O setor de turismo é um dos setores que mais promove o desenvolvimento justo, mais equitativo e inclusivo social e economicamente. Isso acontece porque o turismo emprega pessoas de todos os níveis de escolaridade e da forma mais espalhada geograficamente, pois não está apenas nas grandes cidades, mas em todo o território brasileiro. Essas operações acionam uma cadeia extensa de pequenos negócios nos setores de meios de hospedagem, alimentação fora do lar, comércio varejista, artesanato, entretenimento e outras atividades econômicas.

O Projeto "Trem é Turismo" pretende, inicialmente, atuar com vinte trens turísticos e culturais que estejam em efetiva operação ou iniciando seu funcionamento nos próximos dois anos, dando consultoria ao comércio local e aos funcionários dos empreendimentos, para obter pelo menos 80% de satisfação dos clientes atendidos. Serão trabalhados, em cada localidade, além do comércio, as pousadas e hotéis, restaurantes, artesanato local, serviços de táxis, guias de turismo e tudo o que puder proporcionar lazer e cultura aos visitantes.

Entre os trens e localidades que serão trabalhados neste projeto, podemos citar o Trem do Forró, em Pernambuco, Trem das Montanhas Capixabas, no Espírito Santo, Maria Fumaça Ouro Preto a Mariana, em Minas, Maria Fumaça São João Del Rei a Tiradentes, em Minas, Trem do Corcovado, no Rio de Janeiro e Trem da Moita Bonita, em São Paulo, entre outros.

Fonte: Bem Paraná 

Passeios na Maria-Fumaça em Guararema devem começar em outubro

15/09/2014 - Mogi News

A locomotiva que desfilou sobre os trilhos nesse sábado, é da década de 30 e foi revitalizada junto com seus vagões pela ABPF

Luana Nogueira

O bairro de Luís Carlos voltou mais de cinco décadas no tempo ontem. A Maria-Fumaça, que desde a década de 70 havia sido desativada, voltou a circular pelos trilhos da antiga estação sob os olhares curiosos daqueles que nunca viram a imponente máquina a vapor operando e para aqueles que só queriam ver mais uma vez a Velha Senhora. A partir de outubro, os turistas poderão desfrutar do passeio de sete quilômetros que percorrerá montanhas e pastos da estação central de Guararema até Luís Carlos. Os passeios que ocorrerão aos fins de semanas e feriados prometem levar os visitantes para uma viagem ao passado.

A locomotiva que desfilou sobre os trilhos nesse sábado, é da década de 30 e foi revitalizada junto com seus vagões pela Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), entidade que tem autorização para operar o passeio turístico em Guararema. O passeio que começará a ser oferecido a população em outubro vai durar 30 minutos e ocorrerá em dois horários por dia. O prefeito de Guararema, Adriano Toledo (PR), informou que nesse mês de aniversário da cidade, a Maria-Fumaça, atenderá a grupos culturais do município. "Queremos oferecer essa parte cultural e a partir de outubro, realizar de forma regular o passeio para todo mundo. Ele ocorrerá de sábado, domingo e feriado, já na sexta-feira, será reservado para os alunos da cidade. Será um resgate cultural e histórico", destacou.

O presidente da ABPF, Jorge Sanches, explicou que os últimos detalhes para a operação do passeio turístico estão sendo realizados. "Foi um trabalho muito bem feito da prefeitura essa revitalização", afirmou ele entusiasmado.

Fonte: Mogi News 

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Maria Fumaça com 100 anos de idade ainda opera em Minas

24/07/2014 - Revista Época

Por Haroldo Castro (Texto e fotos), Viajologia - Tiradentes, MG

Quase impossível ir a Tiradentes pela primeira vez e não fazer o passeio de Maria Fumaça que liga a cidade colonial a São João del-Rei. Há sempre uma criança dentro de nós, entusiasmada com um trem que se move, com um apito vibrando ou com o barulho constante das rodas de ferro nos trilhos.

Por isso, mesmo tendo realizado o trajeto em 1986, não neguei o convite. E rapidamente concluí que, nos últimos 28 anos, pouca coisa mudou no ambiente ferroviário mineiro: as antigas locomotivas continuam tão charmosas como antes.

Todas as viagens começam em São João del-Rei pois lá dormem as locomotivas e os antigos vagões de madeira. Nos feriados, nas sextas e nos finais de semana, a primeira viagem ocorre às 10h da manhã. Depois de 35 minutos, o trem chega a Tiradentes.

Mas como mudar a direção da locomotiva para voltar? Os ferroviários resolveram a equação criando uma rotunda giratória. A locomotiva entra em uma plataforma circular, onde dá um giro de 180 graus. Ela entra de costas, dá meia-volta e sai na direção oposta. Trafega algumas dezenas de metros em um trilho paralelo e depois se engata na frentedos vagões, os quais não saíram do lugar.

É hora de embarcar. O ruidoso apito chama a atenção dos retardatários. O primeiro solavanco da saída mostra que a viagem acontece com equipamentos antigos e barulhentos. Os vagões parecem que vão se desmanchar durante trajeto. Os bancos de madeira estão longe de serem confortáveis.

Mas o pitoresco parece ser o elemento fundamental. Até mesmo uma família de norte-americanos, que faz uma longa jornada pela América do Sul, acha graça na viagem da Maria Fumaça, embora não tenham recebido nenhuma informação e saibam apenas o nome das estações de saída e de chegada.

De fato, apesar do custo da passagem (40 reais), não existe nenhum serviço que dê uma informação básica sobre o passeio. Seria tão simples ter uma gravação em diversos idiomas relatando os principais passos do itinerário e falando sobre o Rio das Mortes e a Serra de São José. Minha alma de guia turístico acaba puxando conversa com a família norte-americana e passo alguns dados.

Explico também que viajamos em uma bitola de 76 cm, a mais estreita do Brasil, e que nossa locomotiva 41 foi fabricada em 1912 nos Estados Unidos pela empresa Baldwin Locomotive Works da Filadélfia. Relato também que o trecho de 12 km no qual viajamos é o único que sobrou de uma longa linha férrea inaugurada em 1881. Os estrangeiros agradecem e me oferecem, em troca, um chocolate mineiro.

Segundo os que tentam preservar a história ferroviária brasileira, teriam existido até pouco tempo 18 locomotivas com a"bitolinha"de 76 cm, todas fabricadas pela mesma Baldwin entre 1880 e 1919. Muitas delas ainda estão no Museu Ferroviário, mas não funcionam; poucas (como a 41, a 42 e a 68) continuam em operação. Outras viraram sucata. A Baldwin chegou a ser a maior fabricante mundial de locomotivas e teria produzido mais de 70 mil máquinas entre 1832 e 1956. Com a mudança de tecnologia, a empresa faliu em 1972. Fim de linha. Para nós também: chegamos a São João del-Rei.

* Possui três paixões: contar estórias com fotos e crônicas, estar na natureza e viajar intensamente. Criou o conceito de Viajologia, que reconhece a viagem como uma escola dinâmica

Fonte: Revista Época 

sábado, 19 de julho de 2014

Prefeitura de Salto abre licitação para construção do Trem Republicano

08/07/2014 - G1

A Prefeitura de Salto (SP) abriu licitação para contratar a empresa que irá executar a obra nos trilhos do Trem Republicano. O vencedor terá que construir a grade de linha com 1.111 metros, mais 70 metros sobre a ponte.

A obra será custeada com recursos do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias (Dade) e o valor estimado é de R$ 2,4 milhões.

Os envelopes com as propostas serão abertos na manhã do dia 21 de julho, no paço municipal. A empresa vencedora terá até 12 meses para finalizar a obra.

Fonte: G1
Publicada em:: 08/07/2014

terça-feira, 15 de julho de 2014

Maria Fumaça desativada prejudica turismo em Paraíba do Sul, RJ

15/07/2014 - G1

Passeio chegava a atrair quase 2 mil pessoas nos fins de semana. Secretaria de Turismo diz existe projeto para que o trem volte a funcionar.

O abandono da Maria Fumaça, desativada há quase seis anos, fez com que Paraíba do Sul (RJ) perdesse um de seus principais atrativos turísticos. Esquecidos na estação central, os vagões dão sinais da falta de conservação.

A viagem, de 14 quilômetros, durava quase três horas. No caminho, os visitantes apreciavam a paisagem e também conheciam um pouco da história da estrada real. O passeio chegava a atrair quase 2 mil pessoas nos fins de semana. No trajeto do Centro até o Cavaru, na zona rural da cidade, os turistas faziam paradas nas estações ferroviárias. O movimento aquecia o comércio local. “Esperanças eu tenho, de voltar o trenzinho de novo e ser aquela mesma movimentação maravilhosa, porque o ganho é maior”, contou a artesã Ana Maria Ferreira Martins, que vendia seus trabalhos para complementar a renda.

A Secretaria de Turismo reconhece a importância da Maria Fumaça para o setor, e diz que existe um projeto para que o trem volte a funcionar. “A reativação da Maria Fumaça é uma das prioridades do governo atual, tanto que o próprio prefeito se empenha pessoalmente na execução desse projeto. Para o turismo, é de fundamental importância. Então, já estão bastante avançadas as negociações junto ao governo do estado e outros órgãos competentes, e também conversas com empresas privadas que possam viabilizar o projeto, financeiramente", explicou a secretária da pasta, Elaine Moura.

Fonte: Do G1 Sul do Rio e Costa Verde