18/05/2011 - MSAqui
Será um centro de referência para a população, explicou a presidente do Planurb, Marta Martinez.
O Plano de Revitalização do Centro (Lei Complementar n. 161, 2010) propõe, dentre outras melhorias, a reestruturação do Complexo Ferroviário, transformando-o em espaço de lazer e cultura. A Prefeitura de Campo Grande, por intermédio do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Planurb), desenvolveu o Plano Urbanístico de Uso e Ocupação da Esplanada da Rede Ferroviária Federal, que apresenta como uma de suas iniciativas a implantação do “Centro de Referência e Documentação da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil/RFFSA”.
No úktimo dia 12 foi apresentado para o grupo de trabalho o estudo museográfico para o desenvolvimento deste Centro. “O Plano de Revitalização definiu linhas mestras. Agora, estamos desenvolvendo os projetos para a revitalização e ocupação do Complexo Ferroviário. E o Centro de Referência e Documentação da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil/RFFSA vem para ocupar de forma adequada o local. A ideia é que seja muito mais que um museu. Será um centro de referência para a população”, explicou a presidente do Planurb, Marta Martinez.
Com quase oito décadas de funcionamento, o trem foi o grande responsável pelo povoamento não só de Campo Grande, como também de parte da região Centro-Oeste. E para trazer o assunto para os dias atuais, o roteiro de visitação ao Centro de Referência traz um eixo narrativo pautado por textos, imagens, instalações de multimídia, cenografia e exposição de acervo. “O grande diferencial deste museu é o seu foco, centrado no homem e não na locomotiva. Para trazer o contexto da ferrovia aos visitantes, desenvolvemos o senso de espacialidade e o de temporalidade”, detalhou Nivaldo Vitorino, arquiteto responsável pelo desenvolvimento do projeto.
Profissionais da área destacam que o papel de um museu mudou, não é mais algo estático e sim aquilo que apresenta e lança discussão e debate. Finalizado, o local será um centro de memória e reflexão para a comunidade. “A história da ferrovia é algo ainda muito vivo e recente na memória dos campo-grandenses. Acredito ser obrigação do poder público destinar um espaço para contar aquilo que alavancou a história de Mato Grosso do Sul e ligou o Brasil à América Latina”, reforçou Neusa Arashiro, gerente do patrimônio histórico da Fundação de Cultura do Estado.
Na opinião, da superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional de MS (IPHAN/MS), Maria Margareth Escobar Ribas Lima, o Centro de Referência destinado à memória da ferrovia é fundamental para a população compreender a importância desta história para o seu dia-a-dia. Quando iniciada, a obra irá demorar apenas seis meses e o orçamento gira em torno de R$ 2 milhões. A previsão de entrega é junho de 2012.
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